Uma decisão significativa foi proferida pelo Juizado de Instrução Nº 3 de Palma de Mallorca nesta quinta-feira, resultando na pena de um ano de prisão para um torcedor do Mallorca. A condenação se deu devido a atos racistas cometidos contra os jogadores Vinicius Junior e Chukwueze durante partidas realizadas no Iberostar Estadio em fevereiro de 2023, partes da competição da La Liga.

Além da pena de prisão, o torcedor também enfrentará um longo período de proibição, sendo impedido de entrar em estádios durante três anos para partidas do futebol espanhol. Essa decisão envia uma mensagem clara sobre a intolerância com o racismo no esporte, que vem sendo uma questão continuamente debatida entre torcedores, clubes e entidades esportivas ao redor do mundo.

Vale lembrar que Vinicius Junior já havia denunciado episódios semelhantes de racismo em campos espanhóis, chamando a atenção para a necessidade de medidas mais severas contra tais comportamentos. O torcedor, que já havia recebido uma multa de 4 mil euros (aproximadamente R$ 24 mil) e estava suspenso de frequentar recintos esportivos por 12 meses, foi investigado por delitos de ódio. O caso repercutiu amplamente, levantando questões sobre a segurança dos jogadores e a responsabilidade dos clubes em proteger seus atletas contra a discriminação.

Estudos apontam que o racismo no futebol é uma expressão não apenas de preconceito, mas também de uma cultura que precisa ser combatida em todos os níveis, desde as categorias de base até as ligas profissionais. Muitas entidades esportivas ao redor do mundo têm implementado campanhas de conscientização e se mostrado mais rígidas em suas políticas contra o racismo, mas ainda há um longo caminho a percorrer.