Na última quinta-feira, o Ministério Público do Trabalho (MPT) confirmou que os 163 trabalhadores chineses encontrados em um canteiro de obra da fábrica da BYD na Bahia foram vítimas de tráfico internacional de pessoas. Essa grave denúncia levanta questões sérias sobre as condições de trabalho e os direitos dos trabalhadores estrangeiros no Brasil.

Segundo o MPT, tanto a BYD quanto a empreiteira Jinjiang Group comprometeram-se a fornecer abrigo aos trabalhadores em hotéis até que se chegue a um acordo sobre o encerramento de seus contratos. No entanto, ambas as empresas contestam a avaliação das autoridades, gerando ainda mais tensão na situação.

A situação dos trabalhadores trouxe à tona debates sobre práticas laborais e direitos humanos, especialmente considerando o alto número de trabalhadores estrangeiros em setores de construção no Brasil. Organizações humanitárias e ONGs já estão se mobilizando para oferecer suporte e garantir justiça para os afetados.

A BYD, famosa por sua produção de veículos elétricos, ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso. A Reuters tentou contatar a Jinjiang fora do horário comercial, mas não obteve sucesso. Enquanto isso, as autoridades brasileiras iniciaram uma investigação mais aprofundada sobre as circunstâncias que levaram ao tráfico desses trabalhadores e as responsabilidades legais das empresas envolvidas.