Na última quarta-feira (20/11), um adolescente de 14 anos foi responsável pela morte de um amigo da mesma idade em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O incidente ocorreu dentro da casa da vítima e, inicialmente, a Polícia Militar acredita que se tratou de um disparo acidental.

Segundo informações, o adolescente pegou um revólver calibre 38 que pertencia ao pai do amigo e, ao manusear a arma, disparou acidentalmente, atingindo a cabeça da vítima. Infelizmente, mesmo com a rápida chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), o jovem não sobreviveu e faleceu dentro da ambulância.

Após a tragédia, o pai da vítima foi preso por posse ilegal de arma de fogo e por não ter tomado as devidas precauções na guarda do armamento. A situação alarmante levanta questões sobre a segurança de armas em residências e a necessidade de conscientização entre os pais sobre a correta guarda de tais objetos.

Em uma reviravolta chocante dos eventos, ao ser interrogado pelos policiais, o adolescente inicialmente alegou que a vítima apontou a arma em sua direção e acabou se ferindo. Contudo, durante nova abordagem, ele admitiu que tinha ido à casa do amigo para consumir drogas e que o manuseio da arma partiu de uma conversa casual entre os jovens.

O revólver tinha a numeração raspada, o que levanta mais preocupações sobre a origem da arma e a facilidade com que adolescentes podem ter acesso a armas de fogo. O caso está sob investigação da Polícia Civil, que já acionou a perícia para analisar a cena do crime e coletar provas adicionais.

Essa tragédia serve como um alerta sobre o perigo que armas de fogo representam, especialmente em lares onde jovens têm acesso a elas. A sociedade precisa discutir urgentemente a regulamentação do porte de armas e as medidas necessárias para evitar que incidentes como este se repitam.