SÃO PAULO, SP - Uma tragédia abala a comunidade brasileira: Jenife Socorro Almeida da Silva, uma estudante de medicina de 36 anos, foi encontrada morta em seu apartamento em Santa Cruz de La Sierra, Bolívia. Natural do Amapá, Jenife estava no país em busca de seu diploma e para a cerimônia de colação de grau como médica, de acordo com sua família.

A descoberta do corpo ocorreu na quarta-feira, quando a proprietária do imóvel, preocupada por não receber notícias, decidiu verificar como Jenife estava. Infelizmente, ela a encontrou sem vida, com indícios de asfixia. A polícia recebeu informações de que a estudante havia se isolado e não estava respondendo às mensagens de sua locadora.

A situação se complica ainda mais com a apreensão de um adolescente de 16 anos, suspeito de estar envolvido no crime. Ele foi visto deixando o local e declarou à polícia que havia conhecido Jenife em uma praça e que trocou telefone com ela, mas negou qualquer envolvimento no assassinato. Detalhes adicionais revelaram que ele havia mentido sobre sua idade, afirmando ter 20 anos para conseguir um encontro, segundo o jornal boliviano Unitel.

O adolescente foi encaminhado ao Centro Nueva Vida Santa Cruz, onde são acolhidos jovens infratores.

A família de Jenife, devastada pela perda, iniciou uma campanha de financiamento coletivo com o objetivo de repatriar seu corpo e cobrir as despesas da família. Além disso, é importante destacar que ela deixa dois filhos, cuja situação agora se torna ainda mais vulnerável.

Protestos estão sendo organizados na cidade natal de Jenife, Santana do Amapá, em um apelo por justiça. O ato, previsto para hoje, conta com o apoio da vice-prefeita Isabel Nogueira.

A situação já mobilizou as autoridades brasileiras, com o senador Randolfe Rodrigues se reunindo com a ministra das Relações Exteriores em exercício, Maria Laura da Rocha. Ele confirmou que uma reunião está programada para discutir a questão com o consulado brasileiro em Santa Cruz de La Sierra.

O Itamaraty afirmou que está acompanhando o caso de perto e prestando assistência consular à família através do Consulado-Geral do Brasil na Bolívia.

Este triste caso ressalta a vulnerabilidade das mulheres, e é fundamental que episódios de violência sejam denunciados. Em situações de agressão, é necessário entrar em contato com as autoridades e buscar ajuda.

O Brasil não pode aceitar a violência contra a mulher como algo comum. Precisamos de justiça por Jenife e por todas as mulheres que tiveram suas vidas tragicamente interrompidas. #JustiçaporJenife