Na tragédia que abalou as comunidades de Tocantins e Maranhão, Rosimarina da Silva Carvalho, de 48 anos, foi uma das vítimas fatais do desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira. Ela travava diariamente o perigoso trajeto entre sua casa em Arguianópolis (TO) e seu trabalho como auxiliar de cozinha em um restaurante na cidade de Estreito (MA). O corpo de Rosimarina foi encontrado a cerca de 16 km do local do acidente, ressaltando o impacto devastador da queda da estrutura.

O Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA) localizou o corpo de Rosimarina no final da tarde de quinta-feira (26), e seu sepultamento ocorreu na manhã seguinte, após a liberação do Instituto Médico Legal. A família, que inclui cinco filhos e quatro netos, está em luto pela perda repentina de uma matriarca que dedicou sua vida a cuidar dos outros.

"Graças a Deus que encontraram minha irmã. Não está sendo fácil. Ficamos cinco noites e cinco dias sem descanso. Nós éramos quatro irmãos, todos muito apegados", declarou Pedrina da Silva Carvalho, irmã de Rosimarina, devastada pela dor e pelo sofrimento.

O desabamento ocorreu na tarde de domingo (22), e até a última atualização, foram confirmadas 11 mortes, enquanto ainda há seis pessoas desaparecidas. Um homem foi encontrado vivo, trazendo um pequeno raio de esperança em meio ao caos.

Entre as vítimas estavam Lorranny Sidrone de Jesus, de apenas 11 anos, e outros envolvidos em tragédias semelhantes. A estrutura da ponte, que existe desde a década de 1960 e liga Estreito e Arguianópolis pela BR-226, apresentava sinais visíveis de deterioração. Um vereador de Aguiarnópolis registrou em vídeo momentos tensos em que rachaduras começaram a se formar na ponte antes de seu colapso.

Foi o triste destino de uma ponte que não só conectava duas localidades, mas permitia que muitas pessoas, como Rosimarina, cumprissem suas obrigações diárias. A tragédia expõe a urgência de investimentos em infraestruturas para garantir a segurança de quem depende delas. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) está investigando as causas do colapso, que deixou a comunidade abalada e sem resposta.

Desde o incidente, alternativas de rotas têm sido implementadas para redirecionar o tráfego, mas a dor pela perda de vidas e a incerteza em relação ao futuro persiste. A situação destaca não apenas a fragilidade das estruturas antigas, mas também a resiliência e a força da comunidade diante da adversidade. O desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira será lembrado como um trágico lembrete da importância de cuidar da infraestrutura que sustenta a vida das pessoas.