Um treinador de futebol da escolinha de base Santa Cruz F.C, localizada na região nordeste de Belo Horizonte, foi preso em flagrante na última quarta-feira (18) após autoridades encontrarem conteúdo pornográfico infantil em seu celular. O homem, acusado de abuso sexual contra adolescentes, está sob intensa investigação.

O delegado Artur Vieira, responsável pelo caso, relatou: “Conseguimos efetuar a prisão em flagrante e encontramos um celular que continha imagens pornográficas. Ele tinha vídeos em que praticava relações sexuais com menores, alguns deles atletas do clube.” Essa descoberta atinge em cheio a confiança depositada pelas famílias e a comunidade na instituição esportiva.

Infelizmente, esse tipo de crime no ambiente esportivo não é uma novidade. O suspeito estava se aproveitando da vulnerabilidade dos jovens, muitos deles sonhando com uma carreira no futebol. “Ele se valia de sua posição como técnico nas categorias de base do clube para solicitar favores sexuais em troca de vantagens, como titularidade e convites para amistosos. Ele oferecia dinheiro, variando entre R$ 15 a R$ 50, para que os alunos enviassem conteúdos pornográficos”, afirma o delegado.

Atualmente, três vítimas já foram confirmadas, mas outras cinco procuraram a polícia para denunciar os abusos. As investigações indicam que essas relações ocorriam nas dependências da escola de futebol, um ambiente que deveria ser seguro e de desenvolvimento.

O Santa Cruz F.C emitiu uma nota informando que demitiu o treinador e que está comprometido a investigar os fatos. “O clube, com 77 anos de história, sempre buscou profissionais de qualidade e não tolera qualquer comportamento inadequado. Estamos colaborando com as autoridades e garantimos que esse caso será analisado minuciosamente”, diz a declaração.

Enquanto o clube se compromete a limpar sua imagem e ajudar nas investigações, a sociedade se pergunta: quantos outros casos de abuso passariam despercebidos? Essa realidade traz à tona a urgente necessidade de proteção e vigilância nas escolas de esportes. O que os pais podem fazer para garantir a segurança de seus filhos em ambientes que deveriam ser de apoio e desenvolvimento?

É hora de debatermos e agirmos contra essa realidade inaceitável. Este caso não deve ser apenas uma notícia, mas um alerta a todos nós.