
Triunfo Histórico: Servidora Trans Garante Cirurgia de Feminização pelo Plano de Saúde em Goiás
2025-04-13
Autor: Julia
Uma Vitória Que Ressoa na Comunidade Trans
Uma servidora pública trans fez história em Goiás ao conseguir, por meio da Justiça, o direito de realizar uma cirurgia de feminização facial coberta pelo seu plano de saúde. Esta mulher corajosa, que optou por não revelar sua identidade, compartilhou sua emoção com a decisão, que representa um marco para os direitos da comunidade trans.
Em suas palavras, ela destacou: “Essa vitória é extremamente significativa para mim, mas o seu verdadeiro impacto é o precedente que abre portas para toda a população trans e travesti de Goiás.”
Judiciário Favorável: O Papel da Defensoria Pública
Na última quarta-feira, dia 4, o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) acolheu o apelo da Defensoria Pública, alterando uma decisão anterior que havia negado o pedido. O tribunal determinou que o Ipasgo Saúde realize o procedimento, ressaltando que se trata de uma questão de saúde, não apenas estética.
A defensora pública Ketlyn Chaves frisou que este é um caso inédito, onde uma pessoa trans ganhou o direito judicialmente, algo que garante dignidade e abre novas possibilidades para outras mulheres na mesma situação em Goiás.
Um Passo Em Direção à Inclusão
A cirurgia de feminização visa suavizar as características masculinas em mulheres trans, sendo um componente crucial no processo de afirmação de gênero. Celebridades como as influenciadoras Maya Massafera e Zé Longuinho, além da jogadora de vôlei Tifanny Abreu, também buscam esses procedimentos.
Desafios Enfrentados na Justiça
O caminho até essa decisão não foi fácil. Inicialmente, o plano de saúde negou o pedido, alegando que a cirurgia era meramente estética e não coberta pelo contrato. Contudo, a Defensoria Pública argumentou que a avaliação médica confirmou a necessidade do procedimento como parte fundamental do processo de transição de gênero.
Com a decisão unânime da 2ª Turma Julgadora da 7ª Câmara Civil do TJGO, o plano de saúde deve custear a cirurgia. O juiz substituto Ricardo Prata enfatizou que a prescrição médica é suficiente para comprovar a necessidade do procedimento.
Uma Questão de Saúde e Dignidade
O juiz também ressaltou que essas cirurgias são essenciais para a afirmação da identidade de gênero e estão relacionadas à saúde integral do individuo. Ele ainda destacou que a ANS não possui um rol taxativo de procedimentos, mas usa um referente básico para contratos de planos de saúde.
Com essa decisão, abre-se um novo horizonte para o reconhecimento dos direitos da população trans, que por muito tempo enfrentou discriminação e estigmas sociais.
Um Novo Capítulo para a Comunidade Trans em Goiás
Essa conquista não é apenas uma realização pessoal, mas um verdadeiro divisor de águas para a comunidade trans em Goiás, simbolizando esperança e determinação na luta por direitos e igualdades no acesso à saúde.
O caminho para a inclusão ainda é longo, mas histórias como essa tão inspiradora nos mostram que mudanças estão em curso e que cada vitória é um passo fundamental nessa caminhada.