Trump e sua equipe já buscam acordo para a Ucrânia: o que isso significa?
2024-11-24
Autor: Lucas
A equipe do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, já planeja interagir com o governo de Joe Biden em busca de um "acordo" entre a Ucrânia e a Rússia, revelou Mike Waltz, futuro assessor de Segurança Nacional da Casa Branca. Essa decisão surge em meio ao conflito que já ultrapassa os mil dias, intensificando receios sobre uma possível pressão dos EUA sobre a Ucrânia em nome da paz.
Com a posse marcada para 20 de janeiro, Trump já completou a escolha da maioria de seu gabinete, que ainda precisa da aprovação do Senado. Waltz destacou a intenção do ex-presidente de pôr fim ao conflito, enfatizando a necessidade de reunir as partes envolvidas para discutir um armistício. Contudo, essa proposta já gera polêmica, especialmente entre os europeus que temem que a nação americana se coloque em uma posição de favor à Rússia.
— O presidente Trump tem sido muito claro sobre a necessidade de pôr fim a este conflito. O que temos que discutir é quem vai estar ao redor da mesa, se vai ser um acordo ou um armistício. Vamos colaborar com esta administração até janeiro e continuaremos depois — declarou Waltz à Fox News.
Além disso, ele alertou que seus adversários se enganam ao pensar que a atual administração Biden é apenas um alvo de críticas. A equipe de Trump também expressou preocupações com a recente escalada no conflito, especialmente após a decisão de Biden de permitir que a Ucrânia atacasse o território russo com mísseis de longo alcance produzidos nos EUA.
Trump, durante sua campanha, demonstrou ceticismo em relação aos bilhões de dólares enviados à Ucrânia desde o início da invasão russa em 2022. Ele prometeu encerrar a guerra rapidamente, embora os detalhes sobre como isso seria feito permaneçam vagos.
No cenário do Oriente Médio, Waltz também advoga por um "acordo" que traga verdadeira estabilidade à região. Como ex-oficial das forças especiais, ele foi apresentado por Trump como um especialista nas ameaças representadas pela China, Rússia, Irã e pelo terrorismo global. Com Marco Rubio liderando a diplomacia, analistas preveem que Trump terá uma estratégia agressiva e de alto risco na política externa.
O que está em jogo com essa nova abordagem? A possibilidade de um novo equilíbrio de poder na Europa e além, bem como as reações que podem vir de aliados e opositores. A situação é volátil, e as próximas semanas prometem ser decisivas.