O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, gerou polêmica neste domingo (22), ao anunciar que no primeiro dia de seu segundo mandato irá “deter a loucura transgênera”. A declaração ocorreu durante um evento voltado a jovens conservadores em Phoenix, Arizona, onde Trump enfatizou que pretende assinar ordens executivas para acabar com o que chamou de “mutilação sexual infantil”, afastar os transgêneros do exército e das escolas primárias e secundárias, e garantir que apenas dois gêneros sejam reconhecidos oficialmente: masculino e feminino.

Trump acendeu um debate acirrado que já vem tumultuando a política americana. Enquanto democratas buscam promover políticas inclusivas para a comunidade LGBTQ+, os republicanos sob a liderança do ex-presidente adotam uma postura contrária, criando um ambiente de polarização. Recentemente, alguns estados americanos têm implementado legislações que restringem o acesso a tratamentos de saúde para transgêneros, além de determinar conteúdos que podem ou não ser discutidos em escolas e bibliotecas.

Em suas promessas, Trump também assegurou que não vai permitir a participação de homens em esportes femininos, intensificando a sua retórica contra as questões de gênero.

E não parou por aí: Trump anunciou que tomará medidas drásticas contra os cartéis mexicanos, designando-os como “organizações terroristas estrangeiras” logo ao assumir. Essa medida já havia sido mencionada em seu primeiro mandato, mas foi deixada de lado a pedido do presidente mexicano da época, Andrés Manuel López Obrador, que buscava colaboração entre os dois países. A atual presidente do México, Claudia Sheinbaum, repudiou a proposta, afirmando que o México é um país livre e soberano e que não consentirá com qualquer tipo de intervenção estrangeira.

Trump também reiterou sua intenção de retomar o controle total do Canal do Panamá, alegando que o Panama não tem tratado justo em sua operação. Esse tópico é delicado, dado que o canal foi transferido aos panamenhos em 1999, e os comentários de Trump podem gerar tensões diplomáticas.

Além disso, durante seu discurso, o ex-presidente prometeu acabar com conflitos internacionais, incluindo a guerra na Ucrânia e tensões no Oriente Médio, dizendo que a “idade de ouro dos Estados Unidos” está se aproximando. No entanto, a dúvida persiste sobre como ele planeja concretizar essas promessas, especialmente no que diz respeito à complexidade da guerra na Ucrânia e suas causas profundas.

Portanto, a volta de Trump à Casa Branca promete um retorno a uma era de políticas combativas e rigorosas, e as reações a essas declarações já começam a surgir entre políticos e cidadãos, tanto nos EUA quanto no exterior.