Mundo

Trump Promove Aliança Estratégica com Possível Novo Chefe da OEA, visando Combater as Esquerdas na América Latina

2024-11-25

Autor: Pedro

Nos últimos dias, o presidente eleito dos Estados Unidos suspendeu brevemente a nomeação de seu gabinete e se encontrou em sua residência em Mar-a-Lago, na Flórida, com o chanceler do Paraguai, Rubén Ramírez Lezcano. O encontro foi oficialmente realizado para discutir a situação política na América Latina, incluindo temas específicos como Cuba, Nicarágua e Venezuela. No entanto, um dos objetivos centrais da visita foi fortalecer a candidatura do paraguaio para a presidência da Organização dos Estados Americanos (OEA), posição atualmente ocupada por Luis Almagro.

Analistas políticos e diplomatas consideram que a recepção calorosa de Trump a Ramírez Lezcano é um indicativo forte da viabilidade da candidatura paraguaia.

Essa visita aconteceu logo após uma conversa telefônica entre o presidente do Paraguai, Santiago Peña, e Trump. Antes disso, o presidente argentino Javier Milei também havia sido recebido na Flórida, sinalizando uma aproximação entre os dois líderes da América do Sul e o futuro governo americano.

Além disso, durante sua estada, Ramírez Lezcano se reuniu com o bilionário Elon Musk, que se tornou uma figura influente nas discussões sobre política externa de Trump. Musk, que havia participado de diálogos com líderes globais, incluindo o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, também recebeu propostas do chanceler paraguaio para que o país seja um novo destino para investimentos, o que poderia impulsionar a economia local.

Após as eleições de julho na Venezuela, o Paraguai se distanciou das posturas diplomáticas de Brasil, Colômbia e México, que procuravam um diálogo respeitoso com Maduro. Em uma reunião na OEA, o Paraguai alinhou-se mais com os Estados Unidos, reconhecendo a fraude nas eleições venezuelanas.

"Existem sinais claros de que a vontade do povo venezuelano não se reflete nos resultados das eleições", afirmou Ramírez Lezcano em sua declaração.

Nos últimos meses, a postura do chanceler paraguaio também se aproximou das posições de Washington em outros temas internacionais, como a crítica à crescente influência da China na região, a proteção dos interesses de Taiwan e alertas sobre a imigração irregular.

O apoio dos Estados Unidos à candidatura de Ramírez Lezcano é significativo, especialmente considerando a influência de Marco Rubio, o futuro secretário de Estado de Trump, que defende uma postura decidida contra regimes ditatoriais na América Latina.

Ramírez Lezcano também manteve contatos com Carlos Trujillo, ex-embaixador dos EUA na OEA e figura chave na equipe de transição de Trump. Ambos concordam que a OEA deve ter um papel mais ativo na defesa dos interesses americanos, especialmente contra influências adversas como a da China e da Rússia.

Durante seu tempo na OEA, Trujillo foi criticado por disseminar informações que favoreciam a narrativa do governo americano durante a crise política na Bolívia em 2019, quando Evo Morales foi deposto. Naquele contexto, Trump e o então presidente brasileiro Jair Bolsonaro colaboraram para emitir uma declaração conjunta denunciando as irregularidades nas eleições bolivianas.

Vale destacar que Trump e Bolsonaro foram dos primeiros a reconhecer o novo governo que emergiu após a queda de Morales, que agora enfrenta processos judiciais relacionados a seu afastamento.

Entretanto, a Casa Branca ainda não apresenta um candidato oficial para a OEA, com outros nomes como Ivan Duque, ex-presidente da Colômbia, ganhando destaque. Duque teve uma colaboração próxima com Trump em várias questões, particularmente em relação à pressão sobre o governo Maduro, e seria um forte candidato para a posição. Outra opção em análise é Ivonne Baki, ex-embaixadora do Equador, que mantém uma amizade de longa data com Trump e já recebeu apoio financeiro do magnata em projetos ambientais no passado.