Entenda a cirurgia de Bolsonaro de forma detalhada

No último domingo (13), o ex-presidente Jair Bolsonaro passou por uma cirurgia que durou impressionantes 12 horas em Brasília, visando tratar uma grave obstrução intestinal que o afligia.

O que levou à cirurgia?

Os médicos diagnosticaram Bolsonaro com uma «suboclusão intestinal», uma condição onde há uma obstrução parcial do intestino. Isso é frequentemente decorrente de aderências formadas após múltiplas cirurgias anteriores, especialmente em função da facada que sofreu em 2018.

A obstrução intestinal consiste em um bloqueio, que pode ser parcial ou total, impedindo a passagem das fezes pelo intestino.

O que são aderências?

As aderências no abdômen de Bolsonaro podem ser comparadas a uma cicatrização excessiva resultante da cirurgia para tratar os danos provocados pela facada. Após procedimentos intestinais, é comum que o órgão, antes livre dentro do abdômen, desenvolva cicatrizes que ajudam a unir partes que não deveriam se conectar.

Isso pode prejudicar a mobilidade intestinal de maneira análoga a uma mangueira de jardim que é guardada de forma inadequada, resultando em torções e limitações no fluxo normal.

Como foi a cirurgia?

Bolsonaro passou por uma laparotomia exploradora, um tipo de cirurgia em que os médicos fazem uma grande incisão para ter acesso total à cavidade abdominal. O corte é horizontal, geralmente na região das incisões de cirurgias anteriores.

Reconstrução da parede abdominal

Devido a várias intervenções cirúrgicas, Bolsonaro desenvolveu hérnias, que são fraquezas na parede abdominal onde as incisões anteriores ocorreram. A cirurgia incluiu a remoção do tecido comprometido e a aproximação dos músculos ainda intactos, visando a reconstrução da parede abdominal.

Segundo os médicos, a parede abdominal de Bolsonaro estava "bastante prejudicada", o que indicava a complexidade da intervenção.

Expectativas para o pós-operatório

A equipe médica comentou que o período de recuperação deve variar de 2 a 3 meses, e, no momento, não há previsão de alta.

Com essa cirurgia delicada, resta saber como será o futuro político e de saúde do ex-presidente, que sempre esteve no centro das atenções.