Um turista argentino se tornou o centro das atenções após publicar um vídeo impressionante onde utiliza um dispositivo inusitado capaz de silenciar caixas de som em uma praia no Brasil. Este incidente levanta questões importantes sobre o uso excessivo de música em ambientes públicos e os direitos dos frequentadores.

O vídeo, que rapidamente viralizou, foi compartilhado por Roni Baldini na rede social X (antigo Twitter). Nele, é possível ouvir a música de Ana Castela tocando em volume alto, até que, ao pressionar um botão em seu aparelho, o som é misteriosamente interrompido. Durante sua viagem, Baldini mencionou que passou por várias cidades, incluindo Salvador e Fortaleza, mas não revelou o local exato onde as gravações foram feitas.

O dispositivo foi projetado para interferir em conexões Bluetooth, o que permite bloquear a comunicação entre dispositivos. Baldini explicou que criou dois modelos do equipamento — um maior e outro mais compacto — que podem atuar em áreas específicas. Entretanto, ele fez questão de avisar que o dispositivo apenas funciona com caixas de som conectadas via Bluetooth. Se a música estiver sendo tocada a partir de um pen drive, por exemplo, o efeito não ocorrerá.

O alcance do aparelho varia entre 3 a 10 metros, e sua eficácia pode ser prejudicada pela proximidade do celular ou do dispositivo controlador. As reações na internet foram mistas; muitos usuários expressaram interesse e até pediram informações sobre a aquisição do aparelho. Um internauta comentou: "Isso seria perfeito para controlar o barulho que os vizinhos fazem!", refletindo um desejo crescente por soluções para o incômodo provocado por músicas em volume alto.

Por outro lado, houve críticas contundentes. Alguns internautas argumentaram que o uso do aparelho não resolve o problema, especialmente considerando a quantidade de caixas de som ao redor. Outros defenderam que quem vai à praia deve estar disposto a ouvir músicas típicas, como pagode e sertanejo, e que a inovação poderia ser vista como uma afronta à cultura local.

Baldini anunciou que planeja colocar o produto à venda no próximo mês, mas também fez um alerta: o uso deste tipo de dispositivo pode ser considerado ilegal em alguns países, incluindo o Brasil. Em território brasileiro, a legislação proíbe o uso de bloqueadores de sinal sem autorização, e a legislação fixa penalidades que podem variar de 2 a 4 anos de detenção para aqueles que forem pegos utilizando tais aparelhos ilegalmente.

Esse caso levanta um debate relevante sobre o direito ao silêncio e ao sossego em locais públicos, e se a inovação tecnológica pode ser aliada em busca de um ambiente mais agradável para todos. Afinal, até que ponto a liberdade de expressão musical deve prevalecer sobre o direito de outros de desfrutar de um pouco de paz e tranquilidade em seus momentos de lazer?