A intensificação das tensões entre a Rússia e o Ocidente, especialmente após a autorização do presidente dos EUA, Joe Biden, para o envio de mísseis ATACMS à Ucrânia, provocou debates alarmantes na Rússia sobre a possibilidade do uso de armamento nuclear na guerra. Durante um programa da emissora estatal russa, uma intrigante apresentação de um mapa destacou várias cidades europeias que poderiam ser alvo em uma resposta nuclear, caso a situação se deteriorasse ainda mais.

O apresentador do programa, transmitido logo após o anúncio de Biden, afirmou: "Não é difícil imaginar a geografia da resposta se esse comunicado da Casa Branca se tornar realidade." O mapa incluía grandes capitais europeias como Berlim, Paris, Varsóvia, e até mesmo Praga, enfatizando alvos estratégicos, como bases militares americanas na Alemanha, incluindo Ramstein e Spangdahlem.

Além disso, o apresentador fez um alerta especial ao Reino Unido, chamando-o de "inimigo tradicional" e ressaltando que, devido à vulnerabilidade atual do país, um ataque direcionado poderia resultar em um colapso da civilização britânica. Ele mencionou também a importância das bases navais britânicas, como Clyde e Devonport, onde armas nucleares Trident estão armazenadas.

A situação só se complica com as declarações do vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitri Medvedev, que insinuou que a utilização de mísseis ocidentais poderia ser classificada como um ataque da OTAN, justificando uma resposta com armas de destruição em massa. Medvedev alertou: "Neste caso, surge o direito de contra-atacar com todas as forças disponíveis."

É fundamental mencionar que a Rússia possui o maior arsenal nuclear do mundo, estimado em cerca de 6.000 ogivas nucleares, o que supera o número dos Estados Unidos, colocando o mundo em uma posição ainda mais tensa.

Essas afirmações ressaltam a gravidade da situação, evidenciando o risco de uma escalada significativa no conflito que poderia afetar não apenas os países envolvidos, mas também a segurança global, levantando questões sobre a necessidade de diálogo e diplomacia nesta crise internacional.

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