Na manhã desta segunda-feira (7), o Exército ucraniano anunciou um ataque a um dos maiores terminais petrolíferos da Crimeia, região anexada pela Rússia em 2014. O ataque tem como alvo a infraestrutura que supostamente abastece as forças russas durante a guerra prolongada. De acordo com um relatório do governo ucraniano, o bombardeio gerou um incêndio significativo no terminal, embora as autoridades russas tenham minimizado os danos, afirmando que não houve vítimas.

Enquanto isso, um mísseis russo atingiu um navio mercante em Odessa, no sul da Ucrânia, resultando na morte de um cidadão local e ferimentos em cinco estrangeiros. Este incidente destaca a escalada da violência na região, onde o porto é crucial para as exportações de cereais, especialmente em um momento em que a Ucrânia luta para recuperar suas áreas estratégicas.

As forças russas, que continuam a avançar na direção de Pokrovsk, têm sido descritas como cada vez mais agressivas, com recentes relatos de que cerca de 20% da Ucrânia encontra-se sob ocupação russa. As autoridades ucranianas também relataram que a cidade de Grodivka foi tomada pelas tropas de Moscou, o que representa uma ameaça à logística das Forças Armadas ucranianas.

Dados do Exército ucraniano indicam que em resposta aos contínuos ataques russos, o país intensificou seu foco em missões de ataque a instalações militares na Rússia, visando desestabilizar a operação militar adversária. Especialistas de segurança alertam que os bombardeios russos contra a infraestrutura civil podem aumentar, especialmente com a chegada do inverno, quando as condições se tornam mais severas e as necessidades energéticas crescem.

Além do ataque em Odessa, a noite foi marcada por uma série de bombardeios em outras regiões, como Sumy e Kherson, onde diversas pessoas, incluindo idosos, perderam a vida em um clima de crescente tensão e incerteza. Isso sem contar os novos ataques indesejados, como o que ocorreu em Sloviansk, onde mais civis foram afetados.

Com a guerra nos campos de batalha e também no cyberespaço, o grupo estatal de mídia russo VGTRK revelou ter sofrido um ataque cibernético, alegando que as operações continuam normalmente apesar do incidente. Neste cenário caótico, observadores internacionais continuam a acompanhar as ações dos dois lados, temendo um aumento ainda maior no cerco humano e militar, que já causa sofrimento à população civil.