Ucrânia denuncia massacre e acusa Rússia de usar soldados de Kim Jong-un como 'bucha de canhão'
2024-12-28
Autor: Julia
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, divulgou um vídeo alarmante onde acusa a Rússia de provocar um massacre de soldados norte-coreanos enviados por Kim Jong-un para reforçar as fileiras do Kremlin na guerra em curso.
No último sábado (27), Zelensky destacou nas redes sociais que os aliados de Putin estão sofrendo perdas significativas, e que os soldados da Coreia do Norte estão sendo utilizados como 'bucha de canhão' em embates decisivos. Segundo o presidente, a falta de consideração pela vida dos soldados norte-coreanos é evidente. "Podemos notar que tanto os militares russos quanto os soldados da Coreia do Norte não têm qualquer interesse na sobrevivência destes combatentes", afirmou.
O líder ucraniano ressaltou que a situação é ainda mais alarmante, pois a estratégia russa visa evitar a captura de soldados norte-coreanos. "Tudo está programado para tornar impossível para a gente capturar os norte-coreanos como prisioneiros — os próprios comandantes estão exterminando esses homens, em muitos casos. Os russos estão enviando os soldados da Coreia do Norte para batalhas com a mínima proteção", revelou Zelensky.
Além disso, ele mencionou vários relatos de soldados norte-coreanos que, gravemente feridos, não podem ser salvos. "É uma verdadeira demonstração da insanidade que as ditaduras são capazes de alcançar", refletiu o presidente, destacando a brutalidade da situação enfrentada por esses combatentes.
Zelensky também fez um apelo à China, pedindo que seu vizinho norte-coreano não perca seus cidadãos em batalhas na Europa. "Isso pode ter um impacto significativo, especialmente por parte dos vizinhos da Coreia do Norte, como a China. Se a China for genuína em seus comunicados sobre a necessidade de evitar uma escalada do conflito, deveria exercer pressão adequada sobre Pyongyang", concluiu.
A complicada geopolítica da região se torna ainda mais intrincada com a parceria militar entre Rússia e Coreia do Norte, o que levanta preocupações sobre o futuro da segurança na Europa e na Ásia. As tensões continuam a aumentar, e a comunidade internacional observa de perto os desdobramentos dessa aliança sombria.