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Ucrânia exige que Brasil prenda Putin se ele se atrever a comparecer ao G20

2024-10-14

Autor: Lucas

Ucrânia exige que Brasil prenda Putin se ele se atrever a comparecer ao G20

O procurador-geral da Ucrânia, Andriy Kostin, fez declarações bombásticas ao afirmar que um mandado internacional de prisão deve ser executado caso o presidente russo, Vladimir Putin, compareça à cúpula do G20, marcada para os dias 18 e 19 de novembro no Rio de Janeiro.

Kostin alega ter recebido informações de Inteligência que sugerem a possível presença de Putin no evento. "É fundamental que a comunidade internacional permaneça unida e responsabilize Putin por seus crimes", declarou, destacando que a resistência à prisão dele pode criar precedentes perigosos para líderes acusados de graves violações dos direitos humanos.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, foi evasivo ao ser questionado sobre a participação de Putin. "Não há decisão ainda. Assim que decidirmos, informaremos", afirmou, reforçando a incerteza sobre os planos do presidente russo. O Kremlin também nega as acusações de crimes de guerra, considerando as ações do Tribunal Penal Internacional (TPI) "nulas e sem efeito".

O convite oficial do Brasil para Putin foi enviado, mas sem confirmações de sua presença. De acordo com fontes governamentais, até o momento, não houve sinais de que o líder russo planeja comparecer à cúpula.

Além de Putin, outros altos funcionários do governo russo também estão sujeitos a mandados do TPI, incluindo Maria Lvova-Belova e o ex-ministro da Defesa, Sergei Shoigu. Esses indivíduos são acusados de várias violações dos direitos humanos durante os conflitos armados na Ucrânia.

A pressão sobre o Brasil para agir conforme os acordos internacionais se intensifica, especialmente após Putin ter evitado a prisão em uma visita recente à Mongólia, o que foi amplamente criticado por ativistas pelos direitos humanos e representantes da Ucrânia.

A situação evidência um dilema crucial para o Brasil, que tenta equilibrar sua posição diplomática com as exigências de uma resposta firme da comunidade internacional às ações da Rússia. Especialistas em direito internacional alertam que a não ação pode enfraquecer o princípio da responsabilidade que o TPI busca promover.

Dessa forma, a proximidade do G20 na capital carioca e a possibilidade da presença de Putin criam um ambiente de grande expectativa e tensão, onde a decisão do Brasil pode ter repercussões significativas na política internacional e na luta contra a impunidade.