UFMG recebe a Cúpula Global da Juventude pelo Clima 2025: O futuro está em nossas mãos!
2025-04-03
Autor: João
Entre os dias 2 e 5 de abril de 2025, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) se tornará o epicentro das discussões sobre o clima, ao sediar a Cúpula Global da Juventude pelo Clima 2025. Este evento reunirá 200 jovens líderes climáticos de mais de 40 países em Belo Horizonte, além de cerca de 300 participantes que se juntarão virtualmente. A Cúpula é organizada pelo Global Youth Leadership Center (GYLC) em parceria com a UFMG e tem como objetivo capacitar a juventude para liderar iniciativas que enfrentem a crise climática, enfatizando a importância da ciência e da biodiversidade na construção de soluções sustentáveis.
Jovens em Ação sobre as Mudanças Climáticas
A juventude não deve ser apenas espectadora das mudanças climáticas; a responsabilidade é deles. As consequências das alterações climáticas já estão se manifestando em diversas partes do mundo, com os jovens das regiões mais vulneráveis, como o Brasil, enfrentando desafios ainda maiores devido às suas condições socioeconômicas. O evento contará com debates, oficinas e apresentações de projetos para fortalecer o envolvimento da juventude na formulação de políticas eficazes no combate ao aquecimento global.
O papel vital da UFMG e apoio de instituições brasileiras
A escolha da UFMG para sediar a cúpula reforça sua posição de liderança acadêmica em ciência e sustentabilidade. A reitora Sandra Regina Goulart Almeida ressaltou a importância de empoderar os jovens em meio a incertezas climáticas, afirmando: "Estamos vivenciando os efeitos das mudanças climáticas e capacitar a juventude para atuar nessa causa é fundamental."
Grandes instituições brasileiras, como a Cemig (patrocinadora ouro) e a Fiemg (patrocinadora prata), oferecem suporte significativo ao evento. O Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG será responsável pela coordenação das atividades e acolhimento dos participantes.
O impacto global deste evento não pode ser subestimado. O professor Ricardo Gonçalves, diretor do ICB, mencionou que esta poderia ser a preparação mais importante para a COP30, destacando que "tivemos mais de quatro mil candidaturas, com os 200 selecionados representando uma elite de jovens engajados em buscar soluções para as questões climáticas."
Prêmios e a Elaboração da Carta de Belo Horizonte
Um aspecto notável da cúpula é a premiação de dez lideranças juvenis de áreas vulneráveis, que receberão US$ 1.000 cada para implementar projetos ambientais em suas comunidades. Serão avaliados a criatividade, viabilidade e potencial impacto das iniciativas.
Além disso, o evento resultará na criação da "Carta de Belo Horizonte", um documento oficial que apresentará diretrizes sobre a crise climática e a preservação ambiental. Esse documento será direcionado a autoridades globais e servirá como um dos pilares das discussões na COP30, programada para ocorrer em novembro, em Belém (PA).
Biodiversidade: peça chave na luta contra a crise climática
Um dos temas centrais será a biodiversidade, graças ao trabalho do professor Geraldo Wilson Fernandes, especialista em ecologia e coordenador do Programa de Pesquisa em Biodiversidade do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Ele argumenta que qualquer estratégia de combate às mudanças climáticas deve estar intrinsicamente ligada à preservação da biodiversidade. Exclamou: "Não adianta falar de crise climática sem considerar a biodiversidade. A vida no planeta depende dela, e uma vez perdida, não há como recuperar."
Vozes Indígenas e Justiça Climática
A presença de jovens indígenas, como a ativista Rayane Xipaia, do Pará, será fundamental para enriquecer as discussões. Ela enfatiza que os povos originários possuem um vasto conhecimento sobre práticas sustentáveis que podem ser aplicadas na preservação ambiental. "Os povos indígenas coexistem com a floresta sem destruí-la. Temos conhecimento a compartilhar, e essa sabedoria precisa ser valorizada", afirma Rayane. Ela também abordará as desigualdades sociais e seus impactos na crise climática, ressaltando que as populações vulneráveis são as mais afetadas.
Um Chamado à Ação Global
Além de Rayane, jovens líderes climáticos de países como Japão, Quênia, África do Sul, Bangladesh, Peru e Gana terão a chance de apresentar suas propostas diretamente às autoridades. O CEO da GYLC, Ejaj Ahmad, sublinhou que esta cúpula representa uma oportunidade vital para que os jovens influenciem decisões globais antes da COP30. Com a UFMG como cenário deste encontro global, a juventude estará preparada para liderar a transformação climática que o mundo tanto espera.