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Um Ano de Conflito: Israel Indica 782 Soldados Mortos, Palestina Registra 42 Mil Vítimas

2024-10-07

Autor: Lucas

Militares israelenses em operação na Faixa de Gaza — Foto: Forças de Defesa de Israel

Um relatório divulgado nesta segunda-feira (7) pelas Forças Armadas de Israel revelou que 782 soldados perderam a vida em um ano de conflito na Faixa de Gaza. No mesmo período, quase 42 mil palestinos foram mortos, de acordo com o Ministério da Saúde da Palestina.

O dia 7 de outubro de 2023 ficou marcado por um ataque brutal do grupo terrorista Hamas, que resultou na morte de 1,2 mil israelenses, além de aproximadamente 250 pessoas sequestradas. Atualmente, mais de 100 reféns ainda estão sendo mantidos em cativeiro.

Os dados do relatório indicam que 380 soldados israelenses foram mortos nos ataques de 7 de outubro e outros 346 em conflitos subsequentes. Tragicamente, 56 deles perderam a vida devido a acidentes operacionais. Até agora, o número de soldados feridos ultrapassou 4.576.

Durante esse ano de intensificação dos conflitos, Israel convocou 300 mil reservistas, sendo 82% homens e 18% mulheres, com quase a metade na faixa etária de 20 a 29 anos.

Além desses números preocupantes, foram registrados mais de 40 mil alvos bombardeados em Gaza, onde 4,7 mil túneis foram encontrados e mil locais de lançamento de foguetes destruídos.

Desde o início da guerra, segundo informes israelenses, 13,2 mil foguetes foram disparados contra Israel, saindo principalmente de Gaza. Outros 12,4 mil foguetes foram lançados do Líbano, enquanto 60 ingressaram da Síria, 180 do Iémen e 400 do Irã.

Israel afirma que ao longo do conflito, mais de 800 supostos terroristas foram mortos no Líbano, onde 4,9 mil alvos foram atingidos por ataques aéreos e cerca de 6 mil em operações terrestres. Além disso, Israel prendeu mais de 5 mil suspeitos na Cisjordânia e no Vale do Jordão.

Forças de Defesa de Israel informaram que eliminaram oito comandantes de brigadas militares de Gaza, cerca de 30 comandantes de batalhão e 165 comandantes de companhia, destacando sua intensa ação militar.

O que se observa na Faixa de Gaza é uma tragédia humanitária. Além das quase 42 mil mortes, milhões de pessoas foram deslocadas, enfrentando uma crise severa de alimentação e desabrigados. Há também alegações de genocídio na esfera internacional, que Israel nega veementemente.

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha fez um apelo urgente a todas as partes envolvidas para que garantam a proteção dos civis, enfatizando a necessidade de medidas humanitárias.

"Este é um ano marcado por feridas e lacunas irremediáveis. Famílias foram separadas, muitas pessoas ainda permanecem detidas contra sua vontade. Incontáveis vidas foram perdidas e milhões foram deslocados em toda a região", lamentou a entidade.

Neste último domingo, intensos bombardeios aéreos israelenses atingiram uma mesquita e uma escola que abrigavam deslocados, resultando na morte de 26 pessoas e deixando 93 feridas, conforme relatado pelo governo de Gaza administrado pelo Hamas.

Diante de tal cenário, o mundo continua acompanhando a evolução desse conflito devastador que já dura mais de um ano e gera consequências profundas em ambas as sociedades.