A Física está prestes a viver uma revolução! — Foto: Getty Images/via BBC

Desde os anos 30, Albert Einstein expressou suas preocupações sobre a ascensão da mecânica quântica, que rapidamente desafiou sua teoria da relatividade geral, publicada em 1915. "Se isso tudo for verdade, significa o fim da Física", disse ele preocupado com a nova abordagem.

Quase um século se passou e tanto a física quântica quanto a relatividade geral permanecem como pilares fundamentais da Física moderna, sem que uma tenha substituído a outra.

💥 A mecânica quântica é a melhor explicação que temos para o comportamento das partículas fundamentais do universo, como elétrons e quarks. Por outro lado, a relatividade geral é utilizada para descrever fenômenos macroscópicos, desde a gravidade até a formação de galáxias e o funcionamento do universo.

Entretanto, a incompatibilidade entre essas teorias se tornou um dos maiores desafios da Física contemporânea. Cientistas como Einstein e Stephen Hawking buscaram uma "teoria de tudo", mas sem sucesso.

Recentemente, uma nova proposta, chamada teoria pós-quântica da gravidade clássica, liderada pelo físico Jonathan Oppenheim da University College London (UCL), está propondo uma maneira de unir estas duas grandes teorias. Com uma abordagem inovadora, mesmo críticos admitem que este pode ser um grande passo em direção à resolução de um dilema secular.

🔥 Oppenheim sugere que, ao invés de quantizar a relatividade geral, deveríamos adaptar a física quântica para que ambas as teorias possam coexistir de forma harmônica. Segundo ele, a nova teoria preserva a natureza clássica da relatividade, enquanto adiciona elementos aleatórios que refletem a incerteza intrínseca da mecânica quântica.

Esta ideia é revolucionária e contraria a visão tradicional que luta para unificar as teorias. Com a publicação da teoria em dezembro de 2023, na Nature Communications e Physical Review X, o mundo da ciência aguarda ansiosamente as implicações.

💡 Oppenheim alerta que devem ser feitos testes experimentais rigorosos para validar ou refutar as previsões feitas por sua teoria. Ele propõe que se meça o peso de objetos com precisão extrema para observar flutuações que, se encontradas, poderiam revolucionar nossa compreensão da matéria e da energia escura, que atualmente compõem cerca de 95% do universo. Tais flutuações poderiam não apenas confirmar a nova teoria, mas também oferecer uma explicação para fenômenos até então inexplicáveis.

Se as oscilações do espaço-tempo forem percebidas, isso teria um impacto colossal em nossa compreensão do cosmos. Oppenheim sugere que estas descobertas podem revelar a natureza da matéria escura, que é uma das maiores incógnitas da Física. Hossenfelder, uma renomada física, comentou sobre o potencial impacto da teoria, afirmando que ela poderia trazer novas luzes para áreas da pesquisa que estão estagnadas há muitos anos.

🌌 Se a nova teoria se mostrar verdadeira, estaremos no limiar de uma nova era na Física, onde conceitos que antes eram considerados inaceitáveis pela comunidade científica podem se tornar pilares fundamentais da nossa compreensão do universo. Oppenheim e sua equipe estão, portanto, não apenas testando uma nova tese, mas a possibilidade de uma revolução que poderia mudar tudo o que sabemos sobre a Física.

Ao final, a trajetória da ciência é repleta de avanços inesperados, e continuar explorando essas ideias ousadas poderá levar a descobertas que transformem a nossa visão do universo.