Saúde

Urinar Após o Sexo Não Prevê Gravidez! Descubra os Métodos Eficazes de Contracepção

2025-03-18

Autor: Fernanda

Nesta semana, um vídeo da modelo Nayara Macedo, popularmente conhecida como Any Awuada, gerou alvoroço nas redes sociais. No vídeo, ela afirma que urinar após o sexo pode prevenir a gravidez. A modelo, que alegou ter passado uma noite com o famoso jogador Neymar, acabou se retratando sobre essa afirmação, indicando que tinha adquirido essa informação de sua ginecologista.

Em uma postagem no Instagram, Any foi interpelada sobre a possibilidade de engravidar e respondeu com confiança: "Fiquem tranquilos, porque eu fiz xixi logo em seguida. E quando você faz isso, você não engravida. Então, tipo assim, não tem essa possibilidade." Essa afirmação, no entanto, é absolutamente falsa e revela uma falta de compreensão sobre a saúde reprodutiva.

A ginecologista e obstetra Leticia Dall'Oglio Whitake, da Clínica Neo Vita, alerta que mitos como o de Any se perpetuam devido à lacuna na educação sexual no Brasil. Ela destaca que questões relacionadas à saúde reprodutiva e sexualidade são cercadas por tabus e desinformação, o que leva muitas mulheres a não conhecerem seu próprio corpo e funcionamento.

Whitake explica que muitas pessoas, por não se sentirem confortáveis para discutir esses temas com seus médicos, recorrem a fontes não confiáveis, como redes sociais, o que pode gerar um ciclo perigoso de desinformação. "Quando um vídeo com informações incorretas viraliza, ele pode alcançar um público vulnerável, muitas vezes sem acesso a orientações médicas de qualidade," observa a médica.

Esse cenário pode resultar em comportamentos de risco, como a realização de relações sexuais desprotegidas ou o uso inadequado de métodos contraceptivos. Consequentemente, isso leva a um aumento nas gestações indesejadas e na exposição a ISTs (infecções sexualmente transmissíveis), além de provocar insegurança e confusão sobre a própria saúde sexual.

A desinformação não só gera incertezas sobre a saúde sexual, mas também dificulta a tomada de decisões conscientes e informadas. Para evitar esse tipo de problema, é vital buscar conhecimento sobre a contracepção. A médica enfatiza que existem vários métodos contraceptivos seguros e eficazes disponíveis, sendo que a escolha do melhor método deve considerar as necessidades individuais de cada mulher, seu estilo de vida e fatores de saúde.

Whitake menciona que os métodos de longa duração, como o implante subdérmico e os dispositivos intrauterinos (DIU), têm a menor taxa de falhas. O implante pode durar até três anos, e o DIU de cobre, até dez anos. Por outro lado, o DIU hormonal é eficaz entre cinco e oito anos.

Além dessas opções, há métodos como pílulas anticoncepcionais, adesivos e anéis vaginais, que também são seguros e funcionam bem se utilizados corretamente e de forma consistente.

Cabe ressaltar que o preservativo é o único método contraceptivo que protege também contra ISTs, fazendo do uso combinado de preservativos com outros métodos contraceptivos a opção mais segura, garantindo dupla proteção.

É essencial, portanto, que as mulheres busquem orientação médica para escolher o método mais apropriado e aprender a utilizá-lo de forma eficaz e segura, assegurando sua saúde e bem-estar.