Violência sem fim: Cinco vidas perdidas e quatro feridos em ataques a tiros na Região Metropolitana do Rio
2024-12-16
Autor: Fernanda
A tragédia tomou conta da Região Metropolitana do Rio de Janeiro com dois ataques a tiros que deixaram um rastro de dor e insegurança. Entre as vítimas fatais está Leanderson Luiz Ferreira, um militar da Marinha do Brasil de apenas 39 anos, ao lado de seu primo, Jhonata Lima Almeida, de 30, que trabalhava nos estúdios Globo, e Rodrigo Assis da Silva Junior, de 24 anos. Eles foram alvos de disparos enquanto participavam de uma confraternização aparentemente inocente, que virou um pesadelo. O trio sem qualquer ligação com o crime não sobreviveu. Além deles, outras duas pessoas ficaram feridas, sendo socorridas em hospitais da região.
Rumores que circulam nas redes sociais apontam que os atiradores seriam traficantes da comunidade Grão-Pará, que atua sob a égide do Comando Vermelho (CV). Segundo informações, eles estariam no local após receberem a notícia de que rivais se encontravam em um bar. A violência gratuita e sem sentido deixa a população em estado de choque.
A esposa de Leanderson expressou sua indignação em uma emocionante mensagem: 'Estou inconformada! Ele era um jovem cheio de sonhos e planos, recém-formado em Engenharia Civil e prestes a ser promovido na Marinha. Arrancaram um pedaço de mim.' O enterro de Rodrigo foi realizado no cemitério do Catumbi, na Zona Central do Rio, onde amigos e familiares se reuniram para prestar suas últimas homenagens. Ele deixa uma companheira e dois filhos, uma menina de 6 anos e um bebê de apenas três meses.
Camila Barbosa, ex-mulher de Rodrigo, compartilhou um pouco do que ele era: 'Ele sempre estava lá para o que o filho precisava. Era um homem maravilhoso, adorava fazer todos ao seu redor sorrir.'
Em um segundo ataque, ocorrido em Muzema, por volta das 19h50 do mesmo dia, Cristiano do Nascimento Lira, de 44 anos, e Francisco Bezerra de Barros, de 54 anos, também foram vítimas de uma emboscada armada por um homem que se aproximou de um quiosque e disparou diversas vezes. Duas outras pessoas ficaram feridas, incluindo uma funcionária do local. A Polícia Civil investiga o caso e analisará imagens de câmeras de segurança para tentar identificar os responsáveis. O vínculo entre as disputas de território entre milicianos e traficantes e esses assassinatos ainda é incerto.
É importante lembrar que a violência no Rio de Janeiro não é um fenômeno isolado. Apenas em março deste ano, quatro ortopedistas foram baleados em um quiosque na Praia da Barra da Tijuca, onde três deles perderam a vida. Esses crimes geraram uma onda de represálias, levando à morte de cinco traficantes nos dias subsequentes, evidenciando o ciclo vicioso da violência que torna a vida da população cada vez mais vulnerável. A pergunta que fica é: até quando essa situação permanecerá incontrolável? A sociedade clama por justiça e segurança!