Saúde

Você Sabia? Parkinson Pode Não Causar Tremores e Sinais Podem Aparecer Anos Antes!

2025-04-11

Autor: Pedro

Como O Parkinson Surge?

O Parkinson é resultado da morte acelerada de neurônios que produzem dopamina, essencial para a coordenação motora. Essa diminuição de dopamina torna os movimentos mais lentos, além de causar rigidez e, em alguns casos, tremores.

Ainda não se sabe ao certo o que provoca essa degeneração, mas fatores como genética, ambiente e o próprio envelhecimento do cérebro são considerados. Exposições a toxinas e traumas cranianos podem aumentar os riscos da doença, segundo a neurologista Tamires Rocha, do Hospital Sírio Libanês.

Reconhecendo os Sinais da Doença

Muitos associam o Parkinson aos tremores, mas o fato surpreendente é que algumas pessoas podem nunca apresentar esse sintoma, mesmo com a progressão da condição. O neurologista Eduardo Melo, do HC-UFPE, destaca que a lentidão dos movimentos, conhecida como bradicinesia, é o único sintoma motor obrigatório.

Os outros três sinais comuns incluem tremores em repouso, rigidez e instabilidade postural. Samira Apóstolos, neurologista do HC-FMUSP, alerta que os primeiros indícios da doença podem aparecer entre 5 a 11 anos antes do diagnóstico real.

Portanto, após os 60 anos, é fundamental prestar atenção em mudanças na escrita, na forma de se mover na cama, na marcha, e até na fala e expressões faciais, pois podem ser sinais de que o Parkinson está se manifestando lentamente.

Sintomas Não Motores

Além dos sinais motores, é preciso ficar alerta aos sintomas não motores, como insônia, distúrbios do sono, diminuição do olfato, alterações de humor, depressão, ansiedade, dores, fadiga, constipação e problemas na bexiga.

Como é o Tratamento?

A evolução do Parkinson tende a ser gradual, e o tratamento visa prolongar a qualidade de vida do paciente. Isso consiste em abordagens interdisciplinares que englobam atividades físicas, medicamentos, fisioterapia e, em casos mais graves, cirurgia. O objetivo é minimizar os sintomas e os efeitos colaterais da doença e dos tratamentos.

"Embora o Parkinson ainda não tenha cura, houve um avanço significativo nas terapias nos últimos 30 anos, ampliando o espectro de tratamento", conclui Lucas Silva, diretor de neuromodulação da Boston Scientific.