Ciência

Você sabia que as pessoas envelhecem mais rápido no espaço? Descubra o porquê!

2025-03-27

Autor: Mariana

O futuro da humanidade pode nos levar a colonizar outros planetas, mas primeiro é fundamental compreender como as viagens espaciais afetam nosso corpo humano. Pesquisadores vêm estudando os impactos provocados pela viagem ao espaço, abrangendo desde a pele até os rins, células do sistema imunológico e até mesmo nossos genes.

Em 2021, uma missão da SpaceX, chamada Inspiration4, levou quatro astronautas civis a uma órbita baixa da Terra por três dias. Durante essa experiência, os viajantes foram monitorados de perto e os resultados deixaram os cientistas perplexos. Embora os astronautas tenham apresentado sinais de envelhecimento acelerado e estresse, 95% dos indicadores analisados voltaram aos níveis normais em poucos meses após o retorno à Terra.

A radiação no espaço foi identificada como um dos principais fatores que contribuem para esse envelhecimento acelerado. Segundo a pesquisadora Susan Bailey, da Universidade Estadual do Colorado, a radiação pode causar danos às células e acelerar doenças em um curto período, variando de três a cinco dias de exposição. Isso levanta questionamentos cruciais sobre como a radiação pode impactar a saúde dos astronautas que viajarão para Marte e como seus corpos poderão se adaptar a esses novos desafios.

O estudo incluiu não apenas os astronautas tradicionais da NASA, mas também pessoas de diferentes idades, experiências de vida e condições de saúde. Hayley Arceneaux, uma das participantes, é uma das poucas mulheres a ter viajado ao espaço e venceu um câncer aos 10 anos, tornando-se a mais jovem astronauta a explorar o cosmos aos 29 anos. Cada membro da equipe da Inspiration4 representou uma faixa etária distinta, enriquecendo os dados sobre os efeitos da viagem espacial em diferentes grupos.

Os resultados do estudo não apenas revelam os impactos físicos das viagens espaciais, mas também abordam como esses efeitos podem ser tratados. Um desafio significativo surgido é a possibilidade de formar pedras nos rins durante a viagem, o que levanta questões sobre como tratar essas condições a bilhões de quilômetros de casa.

Outro achado importante foi que as mulheres parecem recuperar-se mais rapidamente dos danos decorrentes das viagens espaciais em comparação aos homens. No entanto, os cientistas alertam para a necessidade de mais investigações nesse sentido, já que a recuperação acelerada pode estar associada a riscos de longo prazo, como câncer de mama e de pulmão, em razão da exposição à radiação.

Esses estudos são vitais não só para os futuros viajantes do espaço, mas também têm implicações para a saúde na Terra. As descobertas podem contribuir para inovações em tratamentos contra o câncer que utilizam radiação e até mesmo para o desenvolvimento de tecnologias de proteção para trabalhadores expostos a radiações, além de preparar estratégias para situações de emergências nucleares.

E quem diria que o que aprendermos com as viagens espaciais pode, um dia, melhorar nossa qualidade de vida aqui no planeta? Compreender como o corpo reage ao envelhecimento acelerado no espaço poderá nos ajudar a manter a saúde por mais tempo.

No fim das contas, é empolgante saber que a possibilidade de viajar ao espaço não está tão distante. "Não há nada que nos impeça de chegar a Marte e voltar", comentou o professor Christopher Mason, um dos pesquisadores, fazendo-nos sonhar com a aventura interplanetária que em breve poderá se tornar uma realidade para muitos. Assim, quem sabe, no futuro, poderemos fazer parte dessa exploração, expandindo o conhecimento e a ciência a novas fronteiras!