Você também detesta o som de unhas arranhando uma lousa? Descubra os Motivos e Como Isso Afeta Seu Cérebro!
2024-12-09
Autor: Gabriel
A aversão ao som de unhas riscando uma lousa é questão de pesquisa!
Em 2006, pesquisadores da Universidade Northwestern, nos EUA, liderados por Lynn Halpern, Randolph Blake e James Hillenbrand, realizaram um experimento inusitado. Eles gravaram o som de um rastelo raspando em uma lousa e depois removeram as diferentes frequências – altas, médias e baixas, uma de cada vez. Surpreendentemente, a ausência da frequência mais alta não diminuiu a sensação de desconforto, levando os cientistas a especularem que o fenômeno poderia ter raízes psicológicas.
Estudos indicam que muitas pessoas associam o som a experiências de repreensão, evocando um reflexo automático no cérebro que pode ser similar a um grito de alerta. Essa aversão parece ser quase universal, afirmam os especialistas.
Mas o que exatamente acontece quando ouvimos esses sons desagradáveis na faixa de 2.000 a 4.000 Hertz? Em um estudo realizado em 2011, publicado no The Journal of the Acoustical Society of America, voluntários expostos a sons nessa faixa relataram altos níveis de estresse, apenas para se sentirem aliviados quando tais frequências foram removidas.
O pesquisador Michael Oehler sugere que a evolução da forma das orelhas humanas ao longo dos milênios pode ter facilitado a amplificação dessas frequências, essenciais para nossa sobrevivência e comunicação, mas que, paradoxalmente, também carregam sons aversivos.
Além das implicações anatômicas, em 2012, Sukhbinder Kumar liderou uma pesquisa na Universidade de Newcastle que apontou uma ligação direta entre o cérebro e a amígdala, a parte responsável pelo reconhecimento de emoções, quando indivíduos ouviam o som de unhas na lousa. Os resultados, divulgados no Journal of Neuroscience, mostraram que esse ruído angustiante ativa o córtex auditivo, responsável pelo processamento do som, enquanto simultaneamente provoca reações emocionais negativas na amígdala.
Os participantes foram submetidos a ressonâncias magnéticas enquanto escutavam uma variedade de sons, e os dados mostraram uma intensa comunicação entre as áreas do cérebro, especialmente nas frequências entre 2.000 e 5.000 Hertz. O estresse e a irritação gerados por esses sons podem ser um testemunho da profunda conexão entre percepção sensorial e reações emocionais.
**Curiosidade**: Você sabia que outras pessoas têm aversão a sons como o barulho de papel rasgando ou o tilintar de talheres? Se você também é uma dessas pessoas, não está sozinho! As respostas emocionais geradas por sons são universais. Portanto, da próxima vez que você ouvir esse som horrível, pode entender que sua reação tem uma base científica! Não deixe de compartilhar este artigo com amigos que também abominam esses sons!