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Voepass: Mãe de vítima clama por justiça após brincadeiras com vidas humanas

2025-03-17

Autor: João

A dor e a indignação de familiares das vítimas do recente acidente aéreo se tornam mais intensas com as declarações de Fátima Albuquerque, mãe de Arianne Albuquerque Risso, uma das fatalidades. Em entrevista ao UOL, Fátima expressou seu profundo descontentamento com a relação da Voepass com a segurança dos seus voos, afirmando: "Eles brincaram com a vida humana e a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) tem responsabilidade sobre isso. Ela poderia ter agido antes."

Fátima revelou que já existia um conhecimento anterior sobre o reaproveitamento de peças da companhia, sugerindo que a situação de risco não era novidade para as autoridades. A tragédia aumentou a pressão sobre a Anac, que suspendeu todos os voos da Voepass, alegando falta de garantias de segurança. A decisão, anunciada na última terça-feira, 11 de março, foi tomada com base em evidências de que a empresa não cumpria requisitos mínimos de operação segura.

"Ocorreu, assim, uma quebra de confiança em relação aos processos internos da empresa, devido a evidências de que os sistemas da Voepass perderam a capacidade de dar respostas à identificação e correção de riscos", afirmou o órgão regulador. Com apenas seis aeronaves, a Voepass operava em 22 destinos, incluindo voos diretos de Belo Horizonte a Porto Seguro, e já enfrentava críticas constantes por parte dos passageiros, que agora se tornam ainda mais justas após o acidente.

Silvio Costa Filho, ministro de Portos e Aeroportos, declarou que a suspensão das operações era a medida necessária, pois a pasta vinha monitorando a situação de perto. Em resposta, a Voepass afirmou que sua frota é segura, prometendo esforços pela retomada das operações o mais breve possível, uma tarefa que impacta milhares de brasileiros que utilizam a aviação regional diariamente.

A tragédia traz à tona questionamentos sobre a gestão da segurança das companhias aéreas no Brasil e provoca um clamor por medidas mais rigorosas que garantam que nenhuma vida seja colocada em risco. As famílias das vítimas clamam por justiça, enquanto o futuro da Voepass pendura-se em um fio, aguardando a avaliação das autoridades. Quais serão as consequências para a empresa? Comentários deles nos revelem!