Nação

Voluntários que resgataram armas em vez de crianças processam Taurus: 'Fomos enganados'

2025-04-09

Autor: Maria

O polêmico caso do resgate de armas

A Taurus Armas S.A. se defende e nega qualquer envolvimento na contratação de civis para a operação controversa realizada recentemente. A empresa alega que os voluntários não estavam sob sua responsabilidade e que as armas estavam em processo de exportação, portanto seriam de responsabilidade da Fraport, gestora do aeroporto. Esta última afirma que a segurança do armamento competia à Polícia Federal.

Envolvimento da Polícia Federal e falhas no resgate

A situação se complica com o processo movido contra a União, alegando que agentes da PF permitiram que civis despreparados conduzissem o transporte de armamentos sem a devida escolta. Segundo a denúncia, os agentes da PF ignoraram a falta de verificação dos documentos dos voluntários, permitindo que pessoas não autorizadas ficassem sozinhas com as armas, criando um sério risco à segurança.

Indenização e constrangimento

Além de processar a Taurus, os voluntários também reivindicam indenização por terem suas imagens divulgadas de maneira inapropriada, sendo identificados erroneamente como agentes da Polícia Federal em uma reportagem do programa 'Fantástico'. O grupo argumenta que foi colocado em uma situação perigosa e constrangedora por causa do envolvimento da Taurus no resgate.

A ação pede intervenção do Ministério Público

Os advogados dos voluntários ressaltam que a situação é de interesse público e que o resgate de armas por civis representa uma séria questão de segurança para a sociedade. Até o momento, o tribunal aguarda uma manifestação sobre o caso.

Valor da indenização pode chegar a R$ 1.270.800

O valor da indenização reivindicada é de, ao menos, 150 salários mínimos para cada um dos seis voluntários, totalizando cerca de R$ 1.270.800,00. A defesa dos voluntários destaca que a quantificação do dano moral enfrentado é inestimável, considerando o engano que os levou a acreditar que estavam participaando de uma missão de resgate de crianças.

Os detalhes do engano

Os voluntários, que tinham experiência em resgates aquáticos, foram abordados por um suposto intermediário que os convenceu a participar de uma operação de resgate de crianças ilhadas. No entanto, ao chegarem ao local prometido, foram informados que em vez de crianças, o que precisavam resgatar eram armas. Diante da insistência do contato, muitos se viram pressionados a seguir adiante.

Reações e apontamentos dos voluntários

Diversos depoimentos indicam que os voluntários se sentiram coagidos a continuar, sob a ameaça de que não poderiam desistir, já que 'sabiam demais'. Quando confrontaram uma mulher que se apresentava como funcionária da Taurus, descobriram a verdade, mas já era tarde demais.

Segurança comprometida durante a operação

Ao chegar ao aeroporto, a equipe se deparou com a presença de agentes da PF, mas a verificação de identidade e documentação dos participantes do resgate não foi realizada, em um claro descuido com a segurança.

Expectativa por justiça

O caso permanece sob análise judicial e levanta questões sérias sobre segurança e responsabilidade em operações desse tipo. A sociedade aguarda as próximas movimentações legais e busca entender como um evento tão delicado pôde acontecer.