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Zelensky ataca Lula por postura 'fraca' sobre guerra na Cúpula do G20

2024-11-25

Autor: João

BRASÍLIA, 25 NOV - O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, deu uma declaração contundente neste domingo (24), onde criticou a atitude 'fraca' do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em relação ao conflito entre a Ucrânia e a Rússia, durante a recente Cúpula do G20, realizada no Rio de Janeiro na semana passada.

Zelensky afirmou: "Infelizmente, o líder do Brasil também mostrou uma posição fraca nesta guerra. Não acho que o populismo possa deter Putin", em uma entrevista à CNN Brasil, ressaltando a importância de uma postura firme e decisiva diante da agressão russa.

Durante o evento, Lula se posicionou a favor de um diálogo entre Kiev e Moscou, tentando se estabelecer como um potencial mediador junto com a China. No entanto, a proposta foi prontamente rejeitada por Zelensky, que argumentou que "não pode haver mediação brasileira neste caso, porque o país não demonstrou sua voz durante o G20 em relação à agressão de (Vladimir) Putin e da Rússia. Essa fraqueza dá a Putin a oportunidade de disparar novos mísseis, mesmo durante eventos tão grandiosos quanto a cúpula".

A questão da guerra na Ucrânia foi um dos assuntos mais polêmicos discutidos no encontro do G20. O Brasil apoiou um documento final que evitou críticas diretas à Rússia, o que gerou descontentamento entre os países do G7, que pressionam por uma resposta mais contundente contra a agressão russa.

O texto assinado pelos líderes do grupo defendeu a paz, mas deixou de incluir acusações contra Moscou, um ponto que, segundo especialistas em relações internacionais, reflete a postura neutra e de busca por diálogo do Brasil, mas que pode ser interpretado como fraqueza em um momento tão crítico.

"Acredito que, se houver declarações, apelos e passos fortes, Putin não se comportará assim. É por isso que penso que o G20 foi o que foi, tendo em conta o tema da Ucrânia", questionou Zelensky, deixando claro que a falta de uma resposta robusta pode encorajar ações mais agressivas por parte da Rússia.

Enquanto isso, a pressão sobre o Brasil aumenta para que assuma um papel mais ativo na comunidade internacional, especialmente na defesa dos direitos humanos e na proteção da soberania ucraniana.