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2025: O Ascensão da Direita Antissistema no Mundo

2024-12-30

Autor: Maria

Em um cenário onde as narrativas tecnocráticas, cosmopolitas e progressistas dominam, uma nova direita antissistema surge com força, reivindicando seu espaço. Essa direita, em contrapartida à agenda globalizante e laica, se apresenta como próxima ao cidadão comum, exaltando suas tradições e raízes cristãs. Em vez de abraçar a visão mainstream sobre as mudanças climáticas, ela adota uma postura cética e muitas vezes age de forma reativa às diretrizes estabelecidas pelas elites.

A diversidade dessa nova direita é notável, com vertentes que variam desde posições moderadas até abordagens mais extremistas. Algumas tendem a ser mais intervencionistas, defendendo uma maior interferência do Estado na economia, enquanto outras abraçam ideais libertários, focando em menos regulamentação e mais liberdade individual. No entanto, o que une essas diferentes facções é um forte sentimento antissistema que promete encontrar ecos ainda mais amplos em 2025.

Um exemplo claro dessa mudança de paradigma é a administração de Donald Trump, que em 2017 chegou ao poder com o suporte de figuras tradicionais do Partido Republicano. Contudo, com o passar do tempo, esse establishment foi se rendendo às ideias do trumpismo, perdendo tanto o poder quanto a vontade de contê-lo.

Além disso, as grandes empresas de tecnologia, antes rivais de Trump, também mudaram seu comportamento. Elon Musk emergiu como uma figura proeminente em sua nova administração, desafiando até mesmo os mais radicais de seu círculo. Jeff Bezos e Mark Zuckerberg, por sua vez, abandonaram a oposição, adotando uma postura mais neutra e colaborativa. Essa transição revela que uma fatia crescente do empresariado e do eleitorado começa a internalizar e apoiar as ideias que estão se consolidando no governo.

Essas ideias envolvem principalmente a crítica às instituições que historicamente têm sido pilares da ordem liberal no Ocidente. No âmbito global, isso inclui uma rejeição aos organismos e acordos internacionais. No cenário nacional, a desconfiança se estendeu a instituições independentes que não se alinham diretamente com a vontade popular, como agências reguladoras, a imprensa profissional e o Judiciário. Nesse contexto, a figura do especialista, que outrora era considerada legitimada por suas credenciais, passa a ser questionada. Trump, em sua essência, representa uma antítese dessa concepção.

A Europa, pela sua vez, observa esse fenômeno com apreensão. As potências tradicionales, como França e Alemanha, veem suas políticas em declínio enquanto a direita nacionalista avança e ganha espaço. Na Itália, a presença de uma líder nacionalista que defende com veemência o legado cristão destaca-se como um símbolo dessa nova era. 2025 promete ser um ano de importantes transformações políticas que poderão redesenhar o mapa do Ocidente, trazendo à tona um debate acalorado sobre a identidade nacional e a soberania frente ao globalismo.