2026: O Início do Caos Econômico? Dólar em Alta e Descontentamento Geral!
2024-12-19
Autor: Carolina
O que está acontecendo no Brasil? Muitos analistas financeiros alertam que a situação não deve ser tratada como um simples "ataque especulativo" — o que, na verdade, aliviaria a pressão sobre o governo atual. Afinal, a responsabilidade cabe ao presidente, que deve ser visto como a figura central do problema.
Recentemente, o renomado economista americano Mohamed El-Erian, presidente do Queens' College da Universidade de Cambridge, comentou os problemas da economia brasileira em uma rede social. Para ele, o Brasil está sofrendo um "overshoot" típico de economias emergentes, onde um fator fundamental, como a política fiscal, se une a uma série de fatores técnicos negativos, resultando numa liquidação excessiva do mercado.
Mas qual seria esse "gatilho"? Sem dúvidas, a questão fiscal é uma parte significativa, mas também observamos movimentos inexplicáveis nas práticas de mercado — o que leva a uma reação desproporcional. El-Erian destacou que a disputa atual é entre os circuit breakers, que são mecanismos de proteção contra quedas abruptas no mercado, e os fatores técnicos que estão interferindo nos fundamentos econômicos.
No entanto, apesar das dificuldades, o Brasil possui reservas cambiais que poderiam ser usadas para estabilizar a economia. A estratégia deve ser eficiente: o uso adequado dessas reservas é vital para combater a especulação, que poderia se intensificar caso não haja uma intervenção governamental efetiva.
A CULPA EM MITOS E VERDADES
Com dois anos de governo Lula, é evidente que houve conquistas. A tão esperada reforma tributária está a caminho, embora ainda esteja longe do ideal. Contudo, muitos ainda apontam o dedo para a trajetória ascendente da dívida pública, e a pressão permanece: o governo precisa dar uma resposta concreta à crise autoimposta por discursos de irresponsabilidade fiscal.
O que o mercado esperava do recente pacote de corte de gastos apresentado pelo governo? Todos se perguntam se tais medidas poderiam, de fato, alcançar o almejado equilíbrio fiscal. Enquanto isso, a elite econômica hesita em propor cortes significativos nos quase R$ 500 bilhões em subsídios que beneficiam os mais abastados, muitos dos quais já estão se protegendo comprando dólares no mercado futuro. As principais pressões lamentavelmente recaem sobre a Previdência, Saúde e Educação. Curiosamente, as medidas que tinham como alvo o aumento do salário mínimo e os critérios para concessão de benefícios começaram a sofrer modificações no Congresso, cuja resposta parece ser um jogo de chantagem por emendas orçamentárias.
NA RETA FINAL
Quando se discute se Lula deve ser considerado o principal responsável pela crise, a verdade é que precisam haver propostas viáveis. Apesar das críticas, muitos parecem esquecer que as decisões não são unilaterais e dependem também da aprovação do Congresso.
Surgem então vozes que clamam pela desvinculação entre a Previdência e o salário mínimo, além de cortes profundos em orçamentos sociais. Contudo, isso exigiria apoio significativo do legislativo, o que é um desafio no atual cenário político.
FAZENDO CUMPRIR AS PROFECIAS
Nos últimos dois anos, o governo Lula revitalizou programas sociais e enfrentou reformas fiscais, com uma economia mostrando sinais de crescimento, apesar de uma inflação ligeiramente acima da meta. Por outro lado, o temor de um colapso econômico já estava anunciado desde a transição de governo, quando as negociações em torno da PEC da transição indicavam instabilidade.
Com a necessidade urgente de uma resposta à crise fiscal e uma crescente pressão política, a pergunta que permanece é: quem será o próximo "Bell'Antonio" que irá prometer resultados eleitorais em troca de apoio a um regime que busca desfazer os avanços sociais? Os atacantes políticos estão se posicionando, e a campanha eleitoral de 2026 promete ser repleta de promessas que poderiam desmantelar conquistas sociais.
A expectativa é grande: haja quem aguarde ansiosamente pelo desfecho dessa trama política que muito promete e pouco entrega.