Desde a reclassificação de Plutão em 2006 como planeta-anão, a comunidade científica tem debatido intensamente o conceito de planeta. Essa mudança se deu após a descoberta de Éris, um corpo celeste ainda mais distante, que desafiou as definições tradicionais estabelecidas pela União Astronômica Internacional (IAU). A definição atual requer que um corpo celeste orbite uma estrela, tenha massa suficiente para assumir forma esférica e limpe sua órbita de outros objetos. Plutão e Éris não satisfazem o terceiro critério.

Agora, a atenção se volta para a possível existência do enigmático Planeta Nove, sugerido por astrônomos como Mike Brown e Konstantin Batygin. Análises das órbitas de objetos extremos no Cinturão de Kuiper, como Sedna, indicam a influência de um corpo massivo, cuja presença ainda não foi confirmada. Acredita-se que este hipotético planeta seja uma super-Terra, com massa entre cinco e dez vezes a da Terra. Se existir, ele estaria localizado muito além do Cinturão de Kuiper.

Mas o que poderá explicar as peculiaridades nas órbitas destes objetos? Embora a hipótese do Planeta Nove seja a mais proeminente, o pesquisador brasileiro Patryk Lykawka sugere que a anomalia poderia ser causada por um planeta menor, com massa semelhante à da Terra. Além disso, há teorias que propõem que interações gravitacionais com outras estrelas ou planetas interestelares poderiam ser responsáveis pelas perturbações observadas.

Uma ideia ainda mais audaciosa sugere que, em vez de um planeta, poderíamos estar olhando para um buraco negro primordial. Essas teorias distintas mostram que a busca continua cheia de mistérios e possibilidades.

A chegada do Observatório Vera C. Rubin no Chile, prevista para 2025, promete mudar o jogo. Com a maior câmera já construída, o observatório fará um mapeamento detalhado do céu do Hemisfério Sul. A expectativa é de que, se o Planeta Nove existir, ele possa ser finalmente identificado. Mesmo que sua descoberta não aconteça imediatamente, o observatório permitirá uma compreensão mais profunda dos objetos transnetunianos e poderá confirmar ou desmentir as teorias existentes.

A expectativa está alta na comunidade científica. O que o futuro nos revelará sobre o Planeta Nove? Novas descobertas podem estar a caminho, e cada avanço nos estudos promete desvendar mais sobre os mistérios do nosso Sistema Solar. Você não vai querer perder isso!