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A Indústria da Fake News Está Aumentando a Alta do Dólar, Avisa Paulo Pimenta!

2024-12-18

Autor: João

A disparada do dólar nos últimos dias gerou alerta entre autoridades. Paulo Pimenta, ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom-PR), denunciou que a disseminação de fake news pode estar diretamente ligada à instabilidade cambial. Na última terça-feira (17), ele usou sua conta no X (antigo Twitter) para acusar um perfil que divulgou informações falsas atribuídas a Gabriel Galípolo, futuro presidente do Banco Central.

Pimenta afirmou que este perfil, que já tinha cerca de 3.500 seguidores, propagou declarações fictícias, como a de que o dólar seria considerado uma "moeda estadunidense" e que haveria uma cotação de R$ 5. Comentários enganosos como que a "moeda dos Brics nos salvaguardaria da extrema influência que o dólar exerce no nosso mercado" rapidamente ganharam forças entre analistas e investidores.

A reação nos mercados foi imediata, gerando incerteza e fazendo a moeda norte-americana disparar. Mesmo com a exclusão do perfil responsável pela disseminação das fake news, os danos econômicos já estavam feitos.

Pedro Barciela, um analista de redes sociais com foco em política, criticou a situação, chamando-a de "ataque especulativo". Ele explicou que muitos dos indivíduos que compartilharam essas informações apagaram suas publicações após perceberem a repercussão negativa. "O ataque durou menos de duas horas, mas o impacto foi significativo", comentou Barciela, acrescentando que muitos desses atores disfarçam suas intenções sob o pretexto de análises técnicas.

A situação é ainda mais delicada uma vez que o Brasil passa por uma transição no comando do Banco Central. Roberto Campos Neto, atual presidente, está deixando o cargo, e Gabriel Galípolo, que recebeu 66 votos a favor e 5 contrários, assumirá oficialmente em janeiro de 2025. Esta troca de comando gera uma pressão adicional sobre o cenário econômico do país, especialmente em tempos de turbulência como o atual.

Enquanto isso, a vigilância sobre as redes sociais e a luta contra a disseminação de fake news continuam a ser prioridades, já que suas consequências podem ser devastadoras, não apenas para a economia, mas também para a confiança pública nas instituições financeiras e no governo.