A Venezuela está em luto após a confirmação da morte de Jesús Manuel Martínez Medina, um destacado membro do partido Vente Venezuela, que faz oposição ao governo de Nicolás Maduro. O falecimento ocorreu no dia 15 de setembro, segundo informações do Ministério Público venezuelano e veículos de comunicação locais. Medina estava detido desde 2 de agosto, acusado de participar dos protestos pós-eleitorais que agitaram o país.

Divulgado pelo Ministério Público, o comunicado menciona que o opositor recebeu cuidados médicos em um hospital no Estado de Anzoátegui, mas levanta questionamentos sobre a qualidade do atendimento. A nota assegura que foram fornecidos medicamentos e tratamentos necessários, embora Medina já enfrentasse problemas de saúde, como diabetes, o que pode ter agravado sua condição.

Os líderes opositores, Edmundo González Urrutia e María Corina Machado, não hesitaram em criticar a situação que levou à morte de Medina. Em suas redes sociais, Corina expressou seu pesar e indignação, afirmando: "Ele morreu pelas mãos deles, morreu por causa das condições desumanas em que foi mantido cativo". González, por sua vez, denunciou a negligência do governo, afirmando que "o atendimento médico foi negado, e a transferência urgente para um centro de saúde não ocorreu a tempo. Sua prisão não foi apenas uma privação de liberdade, mas uma sentença de abandono e tortura silenciosa".

A morte de Medina lança nova luz sobre a crise humanitária que assola a Venezuela, onde a brutalidade do regime Maduro tem sido amplamente criticada por organismos internacionais. Movimentos de direitos humanos e diversos países já se manifestaram, exigindo responsabilidade e justiça.

O acidente trágico de Medina reascende debates sobre a repressão política no país e a urgência de intervenções internacionais para proteger os direitos humanos em meio a um contexto de crescente violência e desigualdade.