A Queda da Estação Espacial Internacional no Oceano: Uma Ameaça ao Meio Ambiente?
2024-12-04
Autor: Gabriel
A Queda da Estação Espacial Internacional no Oceano: Uma Ameaça ao Meio Ambiente?
A NASA planeja "derrubar" a Estação Espacial Internacional (ISS) entre o final deste século e o início do próximo, levantando questões importantes sobre os impactos ambientais dessa operação, conforme noticiado pelo Olhar Digital.
Especialistas do site Space.com ressaltam que a reentrada da estação deve ser controlada para evitar danos tanto à atmosfera quanto aos oceanos. O Painel Consultivo de Segurança Aeroespacial (ASAP) da NASA reforçou em 2023 a necessidade urgente de um plano para garantir a desorbitação da ISS. O comitê alertou sobre a possibilidade de problemas inesperados que poderiam demandar um descarte apressado.
Em um acordo de US$843 milhões (mais de R$5 bilhões), a NASA escolheu a SpaceX de Elon Musk para projetar e implementar o Veículo Deorbital dos EUA (USDV). A missão é direcionar a ISS para uma área isolada do oceano, com a operação agendada para 2031, numa tentativa de reduzir riscos para a população e o meio ambiente.
Impactos da Queda da Estação no Mar
Mas e os impactos da queda da estação no mar? Leonard Schulz, do Instituto de Geofísica da Universidade de Braunschweig, na Alemanha, expressa preocupações em relação à grande massa da ISS, que pesa cerca de 450 toneladas. Segundo ele, essa reentrada poderá liberar substâncias perigosas na atmosfera. Por outro lado, Luciano Anselmo, físico do Instituto de Ciências de Pisa, na Itália, minimiza os riscos para os oceanos. Ele afirma que a reentrada de objetos espaciais é um fator ínfimo comparado a naufrágios e outros tipos de poluição marinha.
Consequências para a Atmosfera
Entretanto, as consequências para a alta atmosfera são mais alarmantes. Anselmo explica que a reentrada de naves pode afetar a camada de ozônio e o clima, e que esse fator merece atenção redobrada diante do aumento de lançamentos espaciais.
Monitoramento e Regulação
David Santillo, cientista do Greenpeace, lembrou que seu grupo monitora detritos espaciais e citou a reentrada da estação Mir, da Rússia, em 2001, como um exemplo a ser seguido para a ISS. Para ele, a Convenção de Londres, que visa proteger os oceanos da poluição, poderia ser uma base para regular a desorbitação da ISS.
Opções para uma Reentrada Segura
Darren McKnight, pesquisador da LeoLabs, destaca que uma reentrada descontrolada representaria um cenário caótico. Ele sugere a possibilidade de desmontar a estrutura da ISS ou movê-la para uma órbita mais alta, embora ambas as opções sejam custosas e desafiadoras.
Conclusão
Em um cenário onde as questões ambientais estão em voga, a discussão sobre a desorbitação segura da ISS se torna cada vez mais crítica. Profissionais de diversas áreas se mobilizam para assegurar que esse processo não só proteja o meio ambiente, mas também determine o futuro da exploração espacial.
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