Luiz Henrique, um dos destaques do Botafogo, está de saída para o Olympique de Lyon (OL), segundo informações do jornalista Vene Casagrande e do site GE. Essa transferência, assim como a de Thiago Almada, revela uma tendência alarmante para o clube brasileiro, que enfrenta um verdadeiro desmanche.

O atacante, que completará 24 anos nesta quinta-feira, se destacou em campanhas que levaram o Botafogo a conquistar o título do Campeonato Brasileiro e da Libertadores. Revelado pelo Fluminense e com passagens pelo Real Betis na Espanha, não é surpresa que ele retorne à Europa em busca de novas oportunidades. Vale lembrar que o Flamengo também mostrou interesse na contratação de Luiz Henrique, mas o jogador optou pelo Lyon, um clube que enfrenta sérios problemas financeiros.

A situação do Lyon se agrava a cada dia. O clube está sob estrito controle financeiro devido a dívidas e já está quase rebaixado, lutando contra um teto de gastos e um bloqueio em transferências. A Direção Nacional de Controle e Gestão (DNCG) da Liga de Futebol Profissional da França (LFP) impôs penalidades ao OL no último mês de novembro, o que torna a necessidade de sanar as contas ainda mais urgente.

Com isso, o Botafogo se encontra em uma posição delicada, pois a saída de Luiz Henrique não é um caso isolado. A Eagle, holding que controla ambos os clubes, poderá fazer novas vendas de atletas para ajudar o Lyon. Ou seja, mais transferências devem ocorrer, incluindo Thiago Almada, caso apareçam boas ofertas.

A situação de Jeffinho também é emblemática. O jogador, que completou 25 anos recentemente, está sendo negociado pelo Botafogo com o Lyon por 5,3 milhões de euros (cerca de R$ 33,9 milhões), um valor elevado considerando que ele era uma reserva no clube. Jeffinho foi para a França, voltou e, em seguida, ficou lesionado por um longo período em 2024, participando apenas de sete partidas no Campeonato Brasileiro.

A saída de Luiz Henrique e outras negociações mostram claramente que o Botafogo está se desfazendo de importantes jogadores. Entre os saídos estão ainda suplentes como Gatito Fernández, Eduardo, Tchê Tchê, Marçal, Pablo, Óscar Romero e Adryelson. Esse último, que estava emprestado no Lyon, agora retorna ao time francês após sua breve passagem.

A venda de atletas como Rayan Cherki, Gift Orban e outros é fundamental para as finanças do Lyon. A mídia francesa já destaca um clima de apreensão, como pode ser visto no artigo do jornalista Jérôme Latta, do célebre Le Monde, onde aborda o possível colapso do clube. Ele sugere que a holding Eagle almeja levantar cerca de 100 milhões de euros durante a temporada atual, incluindo receitas esperadas das vendas de atletas do Botafogo.

Com Artur Jorge fora do comando técnico e um futuro incerto, o Botafogo vive um momento crítico. Resta saber se a Eagle conseguirá não apenas tirar o Lyon da crise, evitando o rebaixamento, mas também reforçar o elenco do Botafogo, que precisa urgentemente de reposições. A trajetória deve ser complexa e cheia de desafios.