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Alerta: Tarifa de Importação do Brasil Coloca Exportadores Americanos em Xeque!

2025-03-31

Autor: Pedro

O governo Trump emitiu um aviso preocupante sobre as altas tarifas de importação impostas pelo Brasil em uma ampla gama de setores, o que levanta sinal de alerta para os exportadores americanos.

De acordo com o Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR), os exportadores dos Estados Unidos se veem diante de uma incerteza significativa no mercado brasileiro. Isso ocorre porque as autoridades em Brasília frequentemente ajustam suas tarifas, utilizando a flexibilidade permitida pelas regras do Mercosul, que inclui Argentina, Uruguai e Paraguai.

A falta de predição em relação aos níveis tarifários complica a vida dos exportadores americanos, que enfrentam grandes dificuldades em calcular os custos de fazer negócios no Brasil, conforme relatório do USTR.

O relato, revelado em um documento anual dirigido à Casa Branca e ao Congresso, abrange cerca de 60 parceiros comerciais e fornece uma visão crítica sobre as barreiras enfrentadas pelos EUA no exterior, especialmente em momentos tão sensíveis como os que antecedem a prometida tarifa que Trump deverá anunciar em 2 de abril.

Esse relatório, divulgado no dia 31, pode ter um impacto direto na decisão do ex-presidente, que é esperada ansiosamente pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Interlocutores ouvidos pela Folha informam que há a expectativa de que novas análises em andamento pelo governo dos EUA influenciem essa decisão.

O chefe do USTR, Jamieson Greer, enfatizou a determinação da administração Trump em lidar com práticas comerciais injustas e garantir que os trabalhadores e empresas americanas sejam priorizados nas interações internacionais.

Entre as várias áreas de preocupação, o capítulo sobre o Brasil menciona barreiras significativas em setores como automóveis, tecnologia da informação, produtos químicos, e até mesmo em questões relacionadas ao comércio de biocombustíveis. Um ponto de destaque é a tarifa imposta sobre o etanol americano, que continua sendo um símbolo das tensões comerciais, como um exemplo do tratamento supostamente desigual que o Brasil reserva aos produtos americanos.

Além das tarifas, há queixas sobre restrições em bens remanufaturados, como peças automotivas e equipamentos médicos, que o USTR alega que só podem ser importados caso se prove que não são produzidos localmente.

Adicionalmente, a administração Trump criticou o programa RenovaBio do governo Lula por não permitir que produtores estrangeiros participem, levando a uma pressão para que o Brasil revise essa regra e possibilite a inclusão de empresas americanas.

Outro ponto delicado é a proibição da importação de carne suína fresca e congelada dos EUA, que se deve a temores de que essa carne traga vírus da peste suína africana. Os americanos argumentam que o Brasil não apresentou evidências científicas que sustentem essa proibição, que contradiz normas internacionais estabelecidas.

Enquanto isso, o governo brasileiro, sob a direção de Lula, expressa preocupações sobre as implicações de uma possível tarifa geral que poderia afetar gravemente suas exportações, especialmente em um cenário onde tentativas de diálogo com a administração Trump têm sido frustradas. Uma videoconferência entre Greer e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, que poderia ter servido como um último esforço diplomático, não ocorreu devido à falta de compatibilidade nas agendas.

Diante de toda essa incerteza, o futuro do comércio entre Brasil e Estados Unidos permanece em uma linha tênue, onde os próximos dias serão cruciais para definir o rumo das relações comerciais entre essas duas nações.