
Alerta Urgente: Antártida Derretendo e Brasil Sofre Consequências!
2025-03-15
Autor: Fernanda
Uma expedição incrível de 70 dias a bordo de um quebra-gelo russo confirmou o que muitos temiam: a Antártida está derretendo, e o Brasil já sente os impactos dessa mudança climática alarmante. A falta de quebra-gelos disponíveis para pesquisa científica no Brasil é um desafio enfrentado por pesquisadores como Francisco Eliseu Aquino, professor da UFRGS e coordenador da expedição. "Com esta embarcação, conseguimos atravessar áreas de gelo marinho com até 1,5 metro de espessura, permitindo uma aproximação sem precedentes às maiores geleiras do mundo", revela Aquino.
O grupo percorreu toda a extensão da Antártida, um continente que é 1,6 vezes maior que o Brasil, coletando amostras de neve, gelo, plantas e microrganismos. No entanto, os dados visuais já apontam para mudanças climáticas drásticas. Os pesquisadores alertam que a base brasileira, a Estação Antártica Comandante Ferraz, está localizada na região mais afetada.
"A circulação oceânica e atmosférica depende da diferença de temperatura entre os trópicos e as regiões polares", explica Simões. À medida que o aquecimento global intensifica essa disparidade, o Brasil enfrenta consequências severas, como períodos de calor extremo e seca no centro e norte do país, além de chuvas intensas no sul. O Rio Grande do Sul, por exemplo, já sofreu duas grandes enchentes em 2023, com eventos climáticos extremos forçando uma tragédia que ainda pode se agravar.
Em maio de 2024, quantidades recordes de chuva provocaram a maior tragédia climática já registrada no estado, com mais de 180 mortes e 700 mil desabrigados. "Esse cenário de degradação ambiental é alarmante e as condições climáticas extremas deverão se intensificar nos próximos anos", alerta Aquino.
Os especialistas também demonstram preocupação com o aumento do nível do mar associado ao derretimento da Antártida. Cidades costeiras no Brasil podem estar em risco semelhante à situação na Austrália, onde o governo já começou a planejar a realocação de populações devido ao avanço das águas.
A equipe brasileira busca compreender a velocidade do derretimento das geleiras, que possuem cerca de 500 metros de espessura, e se elas estão se movendo mais rapidamente em direção ao oceano. Aquino aponta que a movimentação ocorre quando a parte frontal das geleiras, que se encontra na água, derrete e permite que o gelo do continente deslize para o mar. A temperatura dos oceanos também está aumentando, causando um efeito que acelera ainda mais esse processo.
"Nos próximos 200 a 300 anos, o nível do mar poderá aumentar de dois a três metros", adverte Simões. Com 90% do gelo do planeta concentrado no polo sul, a situação é crítica. O oceano que envolve a Antártida está aquecendo rapidamente, superando até mesmo as mudanças no Ártico. Em 2022, a maior onda de calor já registrada no planeta ocorreu na Antártida, surpreendendo os pesquisadores ao revelar temperaturas 40 graus acima do esperado para a época do ano.
Além disso, os cientistas descobriram a presença de microplásticos e fuligem nas amostras de neve da Antártida. A hipótese mais preocupante é que esses poluentes possam ter origem em queimadas na Amazônia, sendo levados ao polo sul por correntes atmosféricas, o mesmo fenômeno que levou cidades brasileiras a serem cobertas de fumaça em 2024.
A situação é alarmante e requer atenção global. O futuro do Brasil e do mundo depende de ações urgentes para mitigar as consequências das mudanças climáticas que estão se intensificando a cada dia.