O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, surpreendeu ao aprovar a venda da distribuidora Amazonas Energia ao grupo J&F, liderado pelos irmãos Wesley e Joesley Batista. Esta decisão, que cai como uma bomba sobre os consumidores Amazonenses, acarretará um incremento de R$ 14 bilhões nas contas de luz!

O aval foi concedido de forma monocrática por Feitosa, algo incomum no funcionamento da Aneel, que normalmente requer deliberção da diretoria colegiada. O diretor seguiu um parecer da Advocacia-Geral da União (AGU) para atender a uma decisão judicial.

Essa venda, que já gerava polêmica, implica em repasses significativos aos consumidores. Embora a Aneel tenha anunciado que esse processo é temporário e estará sujeito a revisões legais futuras, a repercussão negativa é palpável.

A empresa Ámbar Energia, que assumirá a distribuidora, alega que essa aprovação cria as condições necessárias para recuperar a Amazonas Energia, prometendo eficiência e melhores soluções para os consumidores. No entanto, muitos se perguntam se essa será realmente a solução ou apenas uma forma de transferir o peso para os clientes.

A aprovação foi feita dois dias antes de uma reunião extraordinária planejada para discutir um recurso que questionava a transferência. A Aneel, anteriormente, tinha proposto condições que limitavam o impacto financeiro no consumidor. Contudo, com a nova decisão, o método adotado é claramente mais benéfico para a Ámbar, aumentando o ônus sobre os cidadãos.

A situação complica ainda mais quando se considera a medida provisória publicada pelo governo Lula, que permite ao grupo J&F assumir o controle com condições mais favoráveis. Faltando menos de uma semana para que a medida perca validade, a pressão para a implementação está no auge. A transferências de despesas anteriormente arcadas pela distribuidora para os consumidores pode incluir custos com furtos de energia e sobrecontratações involuntárias, elevando ainda mais a conta de luz!

Os detalhes dessa transação ainda estão se desenrolando, mas a crise financeira que cercava a Amazonas Energia não pode ser ignorada. Com dívidas que ultrapassam R$ 10 bilhões, a antiga concessionária novamente fez alertas sobre a inviabilidade de sua operação.

A transformação da Amazonas Energia em propriedade da Ámbar pode ser vista como uma oportunidade de reestruturação, mas também gera preocupações sobre a continuidade dos serviços prestados. O apelo à justiça que resultou na decisão atual levanta questionamentos sobre a transparência e eficácia do processo.

A luta pela melhoria dos serviços de energia para os Amazonenses ainda está longe de acabar. Em tempos de crescente pressão financeira, o que mais poderá ser transferido para as costas dos consumidores? Fiquem atentos, porque essa novela promete muitos capítulos!