Introdução

O árbitro Wilton Pereira Sampaio, que esteve à frente do polêmico jogo entre Fluminense e São Paulo, no dia 1º de setembro, foi suspenso pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) por 15 dias. A punição se aplica apenas a competições nacionais, mas ele está liberado para arbitrar em partidas internacionais, como as Eliminatórias da Copa do Mundo, onde atuará em um confronto entre Equador e Paraguai no dia 10 de outubro.

Motivos da Suspensão

Sampaio foi inicialmente denunciado por descumprir o artigo 259 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que se refere a "deixar de observar as regras da modalidade". A pena para essa infração varia de 15 a 120 dias de suspensão, além de multa que pode chegar a R$ 1.000. Entretanto, após análise, sua conduta foi reclassificada para o artigo 261-A, que trata do não cumprimento das obrigações do árbitro. Essa mudança resultou na pena mínima de 15 dias.

A Jogada Polêmica

O principal motivo da denúncia foi a validação de um gol do Fluminense em uma jogada polêmica. Durante a partida, Sampaio sinalizou uma vantagem após uma falta de Calleri em Thiago Santos, mas não percebeu que o zagueiro do Fluminense, na sequência, tocou a bola com a mão. Isso gerou indignação na equipe do São Paulo, que alegou que a infração deveria ter sido marcada. Após o gol, o VAR foi acionado, mas o árbitro manteve a decisão, alegando que já havia concedido a vantagem.

Pedido de Anulação

O São Paulo, por sua vez, entrou com um pedido para anular a partida, sustentando que a situação configurava um "erro de direito". O julgamento no Tribunal Pleno teve início na semana passada, mas foi interrompido devido a um pedido de vista feito por um dos auditores.

Defesa do Árbitro

Em sua defesa, Sampaio admitiu que poderia ter melhorado sua comunicação durante o jogo e ressaltou: "Não houve falha da regra, mas o entendimento poderia ter sido mais claro. Às vezes a adrenalina interfere e falhas de comunicação acontecem. Mas tudo que fiz foi em busca da justiça esportiva." A situação levanta novamente o debate sobre a utilização do VAR e a necessidade de árbitros mais bem preparados para conduzir partidas decisivas.