Introdução

O presidente da Argentina, Javier Milei, apresentou o orçamento do país para 2025 no Congresso Nacional em Buenos Aires. — Foto: Reuters

Apoio do BID a Milei

Neste domingo (13), o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ilan Goldfajn, manifestou seu apoio às reformas econômicas implementadas pelo governo de Javier Milei, anunciando a liberação de mais de US$ 3,8 bilhões em crédito para a Argentina ainda neste ano.

Progresso nas Reformas

Em um artigo publicado no prestigiado jornal britânico Financial Times, Goldfajn destacou que em apenas sete meses de gestão, Milei teve um progresso significativo na restauração do equilíbrio fiscal do país. O presidente transformou um déficit primário de 2,9% do PIB em um superávit de 1,5% até agosto de 2023, um feito notável em cenário de crise.

Desafios e Dificuldades

"Não foi simples", reconheceu Goldfajn, mencionando os cortes drásticos nas despesas, o aumento das tarifas de serviços públicos e a criação de impostos especiais. Apesar das dificuldades, ele enfatizou que "é fundamental continuar aumentando a eficiência dos gastos e redirecionar recursos para apoiar os cidadãos mais vulneráveis. O gasto público precisa ser mais eficiente e justo."

Necessidade de Crescimento Inclusivo

Goldfajn também ressaltou que, apesar das melhorias, é essencial que o foco continue em criar oportunidades de emprego e alcançar um crescimento econômico inclusivo e sustentável.

Cenário de Pobreza

Infelizmente, a pobreza disparou na Argentina; dados do Instituto Nacional de Estatísticas e Censos indicam que, no primeiro semestre de 2023, mais da metade da população já vivia em situação de pobreza, o que representa cerca de 15,7 milhões de pessoas afetadas.

Investimentos do BID

O dirigente do BID avaliou positivamente os esforços do governo Milei em simplificar o marco regulatório para atrair investimentos privados, mencionando o potencial do país na produção alimentar e suas vastas reservas de lítio — a terceira maior do mundo.

Futuro e Compromissos

O BID planeja conceder mais de US$ 2,4 bilhões em empréstimos ao setor público argentino em 2024 e se compromete a financiar mais de 20 projetos no setor privado em áreas como agronegócio, infraestrutura, energia e mineração, totalizando um investimento de US$ 1,4 bilhão nos próximos dois anos.

Conclusão

"Um setor público eficiente, regulações simplificadas, uma proteção social sólida e um setor privado forte podem criar um círculo virtuoso de estabilidade e crescimento inclusivo. A história não precisa ser um fardo para a Argentina", concluiu Goldfajn.

Situação Atual da Pobreza

A situação da pobreza na Argentina é alarmante. Com os novos dados, 52,9% da população vive em condições de pobreza, o que reflete a difícil realidade enfrentada por 4,3 milhões de famílias. Desde que Milei assumiu a presidência, a crise econômica se aprofundou, com inflação alcançando a impressionante marca de 209% e reservas internacionais em níveis críticos.

Crise Social

Desde o início do governo Milei, 3,4 milhões de argentinos caíram na pobreza, representando um aumento dramático na crise social do país. Para o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos, uma pessoa é considerada pobre quando não consegue garantir seus direitos básicos, incluindo alimentação, vestuário e acesso a cuidados de saúde. A angústia da população cresce, e as expectativas em relação às reformas e à recuperação econômica permanecem elevadas.