Negócios

Argentina se recupera da recessão: PIB cresce 3,9% e novos desafios sociais surgem

2024-12-17

Autor: Ana

A Argentina, em uma reviravolta surpreendente, registrou um crescimento robusto de 3,9% no Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre de 2024. O Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec) anunciou na segunda-feira, 16 de dezembro de 2024, que este é o primeiro crescimento desde o final de 2023, sinalizando uma possível recuperação econômica após uma recessão que durou três trimestres.

A melhora, observada entre julho e setembro, foi impulsionada por políticas implementadas pelo presidente Javier Milei, da coalizão La Libertad Avanza, que promovem cortes de gastos e reformulações fiscais. A inflação, que tem atormentado o país por anos, apresentou um alívio, caindo para 2,4% em novembro, o menor índice desde 2020, embora a taxa anual ainda esteja alarmantes em 166%.

O Indec relatou que as exportações, juntamente com o consumo privado e público, mostraram crescimento significativo. O setor agrícola destacou-se com um aumento impressionante de 13,2%, enquanto a mineração também contribuiu com uma alta de 6,6%.

Desafios à Vista: Aumento da Pobreza Apesar da Recuperação

No entanto, nem tudo são boas notícias. Mesmo com o crescimento econômico, a pobreza na Argentina se agravou. O Indec divulgou em 26 de setembro que 15,7 milhões de pessoas viviam em situação de pobreza no primeiro semestre de 2024. Se considerarmos as áreas rurais, esse número chega a alarmantes 24,9 milhões de argentinos, representando 52,9% da população total do país. Esses dados refletem a média mensal dos primeiros seis meses do ano, mostrando que 3,4 milhões de argentinos se tornaram pobres sob a administração de Javier Milei.

Bate um desespero quando vemos que no total, 5,4 milhões de argentinos estão hoje em situação de pobreza extrema, o que corresponde a 18,1% da população. Além disso, especialistas alertam que a recuperação econômica pode ser efêmera se não forem implementadas políticas que visem de forma eficaz a melhoria das condições de vida da população mais vulnerável. Diante desse cenário, a esperança é que as novas medidas econômicas consigam equilibrar o crescimento do PIB e a redução da pobreza, antes que a situação se torne insustentável. O futuro da economia argentina depende disso!