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ATACMS: A Arma que Pode Virar o Jogo na Guerra entre Ucrânia e Rússia

2024-11-18

Autor: Maria

Recentemente, o jornal "The New York Times" revelou que a liberação dos mísseis americanos ATACMS para a Ucrânia está conectada ao envio de tropas norte-coreanas para apoiar a Rússia no conflito. Este anúncio surge após um ataque russo massivo contra as infraestruturas energéticas da Ucrânia, intensificando ainda mais a situação já tensa na região.

Até agora, os mísseis de longo alcance fornecidos pelos EUA eram usados pela Ucrânia apenas para defesa em território ucraniano. O uso ofensivo desses mísseis contra a Rússia era evitado devido a preocupações com as represálias prometidas pelo presidente Vladimir Putin, que indicou um aumento na tensão, incluindo possíveis testes nucleares.

A mudança na postura do presidente Biden chega em um momento crítico, com a transição de poder nos EUA se aproximando – Donald Trump deve assumir o cargo em janeiro. A continuidade do apoio à Ucrânia sob sua presidência permanece incerta.

🔍 O que são os mísseis ATACMS?

Os ATACMS, sigla para Army Tactical Missile Systems, são conhecidos por sua capacidade de atingir alvos a mais de 300 km de distância com precisão. Essa tecnologia avançada, que já tinha sido fornecida à Ucrânia, agora poderá ser utilizada ofensivamente em solo russo, uma mudança significativa na estratégia dos militares ucranianos.

Além dos ATACMS, a Ucrânia também recebeu outros mísseis de longo alcance, como o Storm Shadow do Reino Unido e o SCALP da França, aumentando seu arsenal para contrabalançar a força russa.

🔍 Qual a importância dessa mudança?

A autorização do uso dos mísseis ATACMS representa uma grande mudança na dinâmica do conflito. As forças ucranianas esperam usar esses mísseis para atingir alvos estratégicos na Rússia, como bases aéreas e depósitos de suprimentos, o que dificultaria a logística e o reabastecimento das tropas russas.

Putin e outros líderes russos alertaram que isso poderia ultrapassar uma linha vermelha, levando a uma escalada militar ainda maior e a possíveis conflitos diretos com a OTAN.

A decisão de Biden de liberar a utilização desses mísseis reflete uma alteração significativa em sua abordagem, já que anteriormente ele se mostrou cauteloso em relação ao envolvimento americano no conflito. Esta mudança coincidentemente vem após discussões sobre as eleições nos EUA e a crescente pressão para apoiar a Ucrânia de forma mais incisiva.

A agência de notícias Tass reportou que parlamentares russos consideram essa autorização um passo sem precedentes, temendo que leve a consequências catastróficas, como uma possível terceira guerra mundial, e prometem uma resposta imediata e severa.

No mesmo contexto, a relação entre a Rússia e a Coreia do Norte se estreitou, com a previsão de envio de até 50 mil soldados norte-coreanos para apoiar as forças russas. Esses soldados estariam recebendo treinamento em bases na Rússia, aumentando a complexidade geopolítica da situação.

Em meio a essa escalada, a Ucrânia continua a buscar novos aliados e formas de resistir à invasão russa, enquanto prepara um plano audacioso para reverter os avanços de Putin, que recentemente intensificou os ataques e avançou significativamente na linha de frente.

A situação permanece crítica e a decisão dos EUA pode ser um divisor de águas no conflito, suscitando debates sobre os limites da neutralidade e a segurança global. Com o envio de tropas norte-coreanas e a crescente colaboração entre países rivais, o futuro da guerra entre Ucrânia e Rússia continua a ser incerto, exigindo vigilância constante e estratégias adaptáveis.