Nação

ATENTADO CHOCANTE NO STF: Como o Acesso a Câmeras Poderia ter Salvado Vidas?

2024-12-30

Autor: João

Após a prisão de um suspeito de planejar ataques em Brasília no último domingo, 29, a situação se torna ainda mais alarmante. Autoridades estão reavaliando o atentado que resultou na morte de um homem em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) em novembro, e especialistas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) apontam que o acesso em tempo real a câmeras de segurança poderia ter evitado essa tragédia.

O convênio que permitia a Abin monitorar as imagens da Esplanada dos Ministérios foi encerrado em julho, por decisão da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), o que levantou preocupações sobre a segurança pública na área. O atentado ocorrido em novembro, que causou explosões em frente ao STF e à Câmara dos Deputados, não pôde ser prevenido devido à falta desse monitoramento.

Francisco Wanderley, o homem responsável pelo ataque, já vinha fazendo ameaças nas redes sociais e alugou um apartamento no Distrito Federal, onde armazenou explosivos em seu carro. O veículo dele estava circulando em Brasília havia quatro meses, e suas intenções não eram detectadas em tempo por falta de vigilância adequada.

Desde 2022, especialmente durante o governo Bolsonaro, a Abin tinha acesso a imagens de alta resolução da região, mas com o fim do convênio, essa ferramenta crucial foi perdida. A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, que hoje detém o acesso às câmeras, tem enfrentado uma onda de críticas e pressões, especialmente após sua aparente ineficácia em lidar com os eventos golpistas de 8 de Janeiro.

A cúpula da segurança pública do DF foi presa no ano passado, levantando ainda mais questões sobre a competência e a integridade da força de segurança local. Servidores da Abin argumentam que a manutenção do convênio poderia ter proporcionado uma melhor oportunidade para evitar que Francisco pudesse realizar seu ataque mortal no coração do país.

"A ABDI tem desenvolvido testes com câmeras de vigilância avançadas na Esplanada dos Ministérios desde 2022, e embora o projeto continue, agora está sob a responsabilidade da Secretaria de Segurança Pública do DF, que não demonstra a mesma eficácia que a Abin tinha anteriormente", declarou um membro da agência, que preferiu permanecer anônimo. Enquanto isso, a Abin não se manifestou sobre os acontecimentos recentes.

Com o aumento das ameaças à segurança nacional, fica evidente que a vigilância e a inteligência são fundamentais para a proteção de nossas instituições. O que mais será preciso acontecer para que haja uma reavaliação séria da segurança no Brasil?