Biden Afirma que Israel Deve Refletir Antes de Atacar o Irã Após O Último Conflito

Na última coletiva de imprensa realizada na Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, abordou a complexa situação entre Israel e Irã, ressaltando que o governo israelense continua em debate sobre como responder ao ataque realizado pelo Irã no dia 1º de outubro. Biden aconselhou enfaticamente que Israel evite bombardear os campos de petróleo iranianos.

Na semana em que ocorreu o ataque iraniando, o Irã lançou cerca de 200 mísseis em direção a cidades israelenses, com Tel Aviv e Jerusalém sendo as mais impactadas. Diante disso, Israel prometeu uma resposta "precisa" e "surpresa". No entanto, os Estados Unidos estão pressionando por uma resposta que seja considerada adequada e "proporcional".

Durante a coletiva, Biden avisou que, se fosse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ele não optaria por atacar os campos de petróleo, uma cautela que também se estende às instalações nucleares iranianas, que Biden havia anteriormente resonado como potenciais alvos. Desde o dia do ataque, o preço do petróleo tipo Brent subiu quase 4% devido à crescente tensão. O Irã, que se posiciona como o sétimo maior produtor mundial de petróleo em 2023, poderia ver suas operações ainda mais comprometidas caso um ataque fosse desencadeado.

Além disso, Biden mencionou que está avaliando a imposição de novas sanções econômicas sobre o Irã. Enviando um recado claro a Netanyahu, destacou a importância de unir aliados para evitar um conflito total, lembrando que "nenhuma administração ajudou mais Israel do que a nossa".

Vale destacar que a ação do Irã de disparar mísseis contra Israel já era esperada, especialmente após o assassinato de Ismail Haniyeh, então chefe do Hamas, em julho. O governo iraniano acusou Israel de ser responsável por essa morte, caracterizando como uma violação da sua soberania. Recentemente, o Irã também prometeu retaliar pela morte de Hassan Nasrallah, chefe do Hezbollah, e Abbas Nilforoushan, um membro da Guarda Revolucionária do Irã, que foram mortos em bombardeios realizados por Israel em Beirute.

O Hezbollah, um grupo extremista respaldado pelo Irã, continua a alimentar as tensões na região, resultando em um ciclo de ataques que até o momento causou mais de 1 mil mortes.

Em resposta ao ataque iraniano, as autoridades israelenses implementaram medidas de segurança, incluindo a ordem para que civis se refugiasses em abrigos enquanto o sistema de defesa Domo de Ferro interceptava mísseis. Apesar de alguns mísseis alcançarem áreas controladas por Israel na Cisjordânia, os ferimentos reportados foram considerados leves, sem maiores danos estruturais.

Por fim, é importante que as potências mundiais observem de perto esses desdobramentos que podem levar a uma escalada de conflitos não só entre Israel e Irã, mas envolvendo outros aliados e grupos extremistas na região, criando uma crise potencialmente devastadora.