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Biden Finaliza Mandato e Envia Mais US$ 8 Bilhões em Armas para Israel

2025-01-04

Autor: Fernanda

Na reta final de seu mandato, o presidente Joe Biden solicitou ao Congresso dos EUA um novo pacote de armamentos avaliado em US$ 8 bilhões para Israel. O governo justifica que essa movimentação tem como objetivo "fortalecer a segurança de longo prazo de Israel, reabastecendo os estoques de munições essenciais e capacidades de defesa aérea".

Desde o início dos ataques do Hamas a Israel, em 7 de outubro de 2023, o governo Biden já enviou um total recorde de US$ 17,9 bilhões em armamentos para o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Essa decisão, no entanto, não veio sem controvérsias. Organizações de direitos humanos têm levantado críticas severas, e manifestações contra o apoio militar a Israel têm surgido em diversos campi universitários.

Em um movimento surpreendente no início de 2024, Biden chegou a suspender o envio de certas bombas, expressando preocupações sobre o alto número de civis afetados pela ofensiva israelense, especialmente na cidade de Rafah, em Gaza. Esse ato criou um clima de desconforto nas relações entre Washington e Jerusalém. Durante a campanha eleitoral, os democratas reiteraram que não deixariam Israel desprotegido em meio a esse conflito.

Na ONU, os EUA demonstraram sua posição contundente ao vetar resoluções que pediam um cessar-fogo em Gaza, destacando-se como o único membro do Conselho de Segurança a fazê-lo. A diplomacia americana também orientou os representantes brasileiros durante a presidência do Conselho da ONU, em outubro de 2023, a evitar que o órgão internacional se envolvesse na questão entre Israel e Hamas.

Nos debates acalorados, embaixadores israelenses acusaram outras nações de protegerem o Hamas, enquanto na Assembleia Geral da ONU, foram aprovadas resoluções solicitando o fim do fornecimento de armas para Israel. Contudo, essas determinações não têm caráter vinculativo e foram prontamente desconsideradas tanto por EUA quanto por Israel.

Além disso, a Corte Internacional de Justiça emitiu ordens para que Israel encerrasse a ocupação de áreas palestinas, mas essas instruções também foram ignoradas. Em um desenvolvimento inquietante, o Tribunal Penal Internacional lançou um mandado de prisão contra Netanyahu, acusando-o de crimes de guerra e contra a humanidade.

Organizações como Anistia Internacional e Human Rights Watch, que possuem a atenção do ocidente, alegaram que Israel pode estar cometendo atos de genocídio em Gaza, adicionando um novo nível de pressão sobre as relações internacionais e a política de defesa americana. Diante desse cenário tenso, o desfecho dessa crise permanece incerto, e a possibilidade de novos conflitos aumenta a cada dia.