Durante uma coletiva de imprensa recente, Bolsonaro afirmou que não pretende passar o bastão de sua liderança a ninguém, destacando que continuará sua trajetória ao lado de Tarcísio. O governador de São Paulo, por sua vez, defendeu essa posição, enfatizando que a forte aliança entre eles não deve ser mal interpretada. "Não tem passagem de bastão nenhuma. As pessoas podem entender errado a nossa proximidade, mas estaremos juntos nesse momento, independentemente de interesses particulares", disse Tarcísio.

A polêmica aumentou quando Tarcísio foi questionado sobre seus elogios às urnas eletrônicas durante um evento no Tribunal de Justiça de São Paulo. Segundo informações da Folha de S.Paulo, seus comentários sobre a eficiência do sistema eleitoral geraram críticas de alguns aliados de Bolsonaro. Em resposta, o governador tentou esclarecer sua posição, afirmando que seus elogios eram direcionados à logística da Justiça Eleitoral. "O que eu disse foi que a Justiça Eleitoral tem uma missão fundamental de garantir que as eleições sejam realizadas de forma eficaz em todo o país, e isso requer um grande esforço logístico, o que tem sido bem-sucedido", explicou Tarcísio.

Essa situação reflete a tensão existente dentro do círculo de aliados de Bolsonaro, especialmente em um momento em que o ex-presidente enfrenta um julgamento polêmico. Há uma crescente preocupação entre os apoiadores sobre como as declarações de Tarcísio podem afetar a imagem da liderança bolsonarista e a união em torno de suas propostas políticas. A proximidade entre os dois políticos, portanto, pode ser vista tanto como uma estratégia de apoio mútuo quanto como um campo minado de interpretações e especulações. Como essa dinâmica se desenrolará nas próximas semanas, especialmente com as eleições se aproximando, ainda é uma incógnita.