O ex-presidente Jair Bolsonaro, que está sob investigação pelo STF, solicitou na semana passada ao ministro Alexandre de Moraes a autorização para comparecer à posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, e a devolução de seu passaporte, que foi retido pela Justiça brasileira.

Bolsonaro anexou um documento considerado pela sua defesa como o convite oficial para a cerimônia. Este documento contém um e-mail recebido por seu filho, Eduardo Bolsonaro, que foi enviado pelo endereço do comitê de inauguração de Trump. Os advogados afirmam que o domínio 't47inaugural.com' foi criado especificamente para o envio de convites e comunicação relacionada à posse, conforme é comum em cerimônias presidenciais dos EUA.

"O Comitê Trump Vance Inaugural Committee, Inc., designado por Donald J. Trump, é responsável pela organização da próxima posse presidencial e optou pelo domínio 't47inaugural.com'. Portanto, o e-mail [email protected] é o canal oficial e formal de comunicação da equipe responsável pela cerimônia. A autenticidade do e-mail é respaldada pelo domínio associado tanto no endereço eletrônico quanto no site oficial. O 'T47' refere-se ao 'Mandato 47' nos Estados Unidos", informaram os advogados de Bolsonaro na petição enviada a Moraes.

Nas redes sociais, Bolsonaro não hesitou em classificar a posse de Trump como um "importante evento histórico" e expressou gratidão ao filho, Eduardo, pelo "excelente trabalho" desenvolvido em prol da relação entre as famílias Bolsonaro e Trump. Além disso, ele ressaltou que os vínculos entre as duas famílias representam uma aproximação diplomática significativa entre Brasil e Estados Unidos, especialmente em tempos de tensão política.

Enquanto isso, a situação continua a gerar discussões acaloradas nas redes, com apoiadores exaltando as relações bilaterais e críticos levantando preocupações quanto ao futuro político de Bolsonaro após a sua saída do poder. A expectativa agora recai sobre a resposta de Moraes e o desenrolar dessa trama diplomática entre Brasil e EUA.