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Brasil com Alerta: 2º Maior Déficit Nominal do Mundo em 2025! Descubra por Quê!

2025-01-15

Autor: Gabriel

De acordo com as previsões do BTG Pactual, o Brasil enfrentará um dos maiores desafios fiscais do mundo, com um déficit nominal previsto para saltar de 7,8% do PIB em 2024 para 8,6% em 2025. A preocupação reside no aumento contínuo da dívida pública, que promete trazer mais incertezas ao mercado financeiro.

Enquanto países da América Latina, como México, Chile, Colômbia e Peru, devem registrar déficits abaixo de 4% do PIB, o Brasil se tornará uma exceção negativa na região. Até mesmo a Bolívia, com uma previsão de 9,7%, verá uma redução em comparação com o ano anterior.

O déficit nominal é calculado subtraindo as receitas das despesas do governo (resultado primário) e incluindo o pagamento dos juros da dívida pública. Este indicador crucial mostra a saúde financeira do governo e a tendência da dívida ao longo do tempo. Segundo o BTG, a dívida brasileira poderá atingir alarmantes 91,6% do PIB em 2027 e 99% até 2029.

Fábio Serrano, economista do BTG, alerta que o elevado custo da dívida é impulsionado por dois fatores principais: a percepção de risco dos investidores em relação à dinâmica da dívida brasileira, e uma política fiscal expansionista que pressiona a inflação, exigindo juros mais altos.

A Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado reforça essa preocupação, prevendo que a dívida pública continue a crescer até, pelo menos, 2034. O cenário sugere que a falta de um controle fiscal adequado poderá levar a uma situação insustentável.

As contas do BTG indicam que o aumento do déficit este ano será impulsionado por um acréscimo nas despesas com juros e um resultado negativo do governo central. Além disso, o retorno a uma normalidade nos pagamentos de precatórios e a diminuição de receitas extraordinárias agravarão ainda mais a situação.

Comparativamente, o déficit nominal do Brasil supera em muito a média das economias emergentes, que deve se situar em 5,6% do PIB, e é quase o dobro do previsto para economias desenvolvidas, em torno de 4,5% do PIB.

Analistas destacam que a situação atual demanda um ajuste fiscal urgente, já que o crescimento da dívida e dos juros pode tornar insustentável a política fiscal vigente. A falta de ação efetiva poderá resultar em juros ainda mais altos, culminando numa crise fiscal.

Em entrevista à GloboNews, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, reconheceu que o governo está atento a esse cenário preocupante. Segundo ele, enquanto o governo espera estabilizar a relação dívida/PIB com um superávit primário de 2%, atualmente existe um déficit de 0,5% - um grande alerta sobre a necessidade de uma reforma fiscal imediata.

O que o futuro reserva para a economia brasileira? Acompanhe nossas atualizações para entender como essas ameaças podem impactar o seu bolso!