Hoje, Brasil e Argentina assinam um acordo que promete revolucionar o mercado de gás na América do Sul, com a importação de gás do megacampo de Vaca Muerta, que atualmente está subaproveitado. A expectativa é que já no início de 2024 o Brasil comece a receber cerca de 2 milhões de metros cúbicos por dia (m³/dia) de gás argentino, podendo chegar até 30 milhões de m³/dia até 2030.

Atualmente, o Brasil consome entre 70 milhões e 100 milhões de m³/dia, e esse novo suprimento pode não apenas atender a demanda crescente, mas também reduzir os preços do gás, um passo importante na reindustrialização do país. O ministro de Minas e Energia, José Silveira, afirmou que o objetivo é aumentar a oferta de gás no Brasil, tratando-o como uma energia de transição crucial para o setor elétrico.

Rotas de Transporte

O acordo inclui cinco rotas potenciais para transportar o gás. A primeira delas aproveita a estrutura do Gasoduto Brasil-Bolívia (Gasbol), que atualmente opera abaixo de sua capacidade devido ao declínio na produção de gás da Bolívia. Outras rotas em consideração incluem:

1. Inversão do fluxo do Gasoduto Norte

Enviar gás argentino em direção à Bolívia, para então utilizar o Gasbol para levar o insumo ao Brasil.

2. Construção de um novo sistema pelo Paraguai

Essa opção requer estudos para determinar sua viabilidade.

3. Conexão direta de gasodutos na província de Uruguaiana (RS)

Essa alternativa depende da finalização da segunda fase do Gasoduto Néstor Kirchner na Argentina.

4. Conexão através do Uruguai

5. Conversão em gás natural liquefeito (GNL)