Um feito fantástico foi alcançado por um grupo de estudantes da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), juntamente com psicólogos e membros da comunidade. Eles foram reconhecidos por suas descobertas, recebendo medalhas e certificados pela Nasa. O grupo, conhecido como Caça-Asteroides, detectou 11 asteroides desconhecidos, um feito sem precedentes!

Mariana, estudante de Engenharia Mecatrônica na UFU e já famosa por descobrir um asteroide não catalogado pela Nasa em 2022, liderou a equipe de 14 pessoas neste projeto inovador. Ela explica: "O Caça-Asteroides é um exemplo de ciência cidadã, que une a comunidade e cientistas com o objetivo de descobrir asteroides. Essas 13 pessoas foram selecionadas para fazer parte do grupo e, juntos, conseguimos esse feito incrível!"

A tarefa de descobrir asteroides não é fácil. O grupo analisa imagens captadas por um telescópio de 1,8 metro na Universidade do Havaí, sempre em busca de corpos celestes que possam ter passado despercebidos pelas sofisticadas tecnologias da Nasa. Mariana complementa: "A Nasa já possui softwares que detectam asteroides, mas alguns acabam passando despercebidos. É aí que entra o nosso papel dentro do Caça-Asteroides."

O processo de trabalho é realizado à distância, direto da UFU. Os participantes recebem imagens enviadas pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e, após análise cuidadosa, enviam relatórios de suas descobertas para o Minor Planet Center, que coleta dados sobre pequenos corpos do sistema solar.

Os asteroides, considerados fragmentos rochosos que sobraram da formação do nosso Sistema Solar, são fundamentais para entender a origem e a evolução do cosmos. "Estudar asteroides nos dá informações sobre o início do nosso Sistema Solar e também sobre os minérios que podem ser encontrados. Muitos asteroides são ricos em recursos que são indispensáveis para a nossa sociedade", ressalta Mariana.

O programa Caça-Asteroides, uma iniciativa da Colaboração Internacional de Pesquisa Astronômica (IASC/Nasa) e do MCTI, busca popularizar a ciência por meio da participação ativa de cidadãos voluntários. Em 2024, mais de 3 mil equipes pelo mundo participaram deste projeto, que demonstra que a ciência não é exclusividade de especialistas.

Mariana encerra com uma importante reflexão: "Às vezes, achamos que a ciência está restrita a cientistas em laboratórios, mas existem muitas maneiras de contribuir. Cada um de nós pode fazer a diferença!"

Este projeto não apenas amplia nossos horizontes sobre o cosmos, mas também reforça a necessidade de união entre a academia e a sociedade. Não perca a oportunidade de saber mais sobre como você também pode participar desse tipo de iniciativa científica!