A morte de Guilherme Augusto Macedo, estudante de medicina da faculdade Anhembi Morumbi, choca São Paulo. O jovem, conhecido nas redes sociais como MC Boy da VM, tinha um futuro promissor pela frente, mas perdeu a vida em uma abordagem policial que está sendo investigada a fundo.

No momento do incidente, realizado na última quarta-feira, os policiais envolvidos, Guilherme e Bruno Carvalho do Prado, ativaram suas câmeras corporais. As gravações são vitais para a elucidação do caso, que caiu como uma bomba no meio da sociedade. O que deveria ser uma abordagem de rotina se transformou em uma tragédia. Os dois policiais foram afastados imediatamente de suas funções até que todas as circunstâncias sejam apuradas conclusivamente pela Secretaria de Segurança Pública (SSP).

Os relatos iniciais indicavam que os PMs não usavam câmeras durante a ação, mas essa informação foi corrigida. No boletim de ocorrência, os policiais afirmaram que Guilherme estava alterado e resistiu à abordagem, menção que está sendo amplamente contestada. Imagens de câmeras de segurança mostram o primeiro policial chegando ao local armado e tentando pegar o jovem, que tentou se desvencilhar. O segundo PM, ao chegar, chuta o estudante, que, por sua vez, consegue derrubá-lo. Nesse tumulto, um tiro é disparado, atingindo fatalmente Guilherme na região da barriga.

Esse caso não é um incidente isolado; ele faz parte de um padrão mais amplo de violência policial que vem causando indignação em diversas comunidades do Brasil. Organizações de direitos humanos estão exigindo respostas e responsabilização, enquanto os moradores da região se mobilizam em protesto.

As investigações estão sendo conduzidas pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), e a Corregedoria da Polícia Militar abriu um inquérito para apurar a conduta dos policiais. A SSP informou que todos os detalhes das ações dos agentes estão sendo minuciosamente analisados.

O clamor por justiça é palpável, e as imagens das câmeras corporais que capturaram a cena trágica estão entre as provas que poderão esclarecer o que realmente aconteceu. Enquanto isso, a comunidade da Anhembi Morumbi e os amigos de Guilherme lamentam a perda de um amigo querido, cujo sonho de se tornar médico foi brutalmente interrompido.